“Muitos animais se enroscam e ficam feridos ao terem contato com esse tipo de material, mas o problema principal é a ingestão do plástico, que não é um elemento natural no trato digestivo e acaba causando a morte”, explicou Ariel Scheffer.
“As máscaras têm componentes orgânicos e sintéticos, e o descarte incorreto tanto pode representar um risco a saúde humana, porque uma máscara de alguém contaminado ainda pode conter por algum período o vírus, quanto elas representam um risco a fauna marinha, como todo resíduo sólido humano de uma forma geral”, explica o oceanógrafo Hugo Gallo Neto, diretor executivo do Aquário de Ubatuba e do Instituto Argonauta.
Mas o problema não está apenas nos chamados “macroplásticos”, que são facilmente visíveis por pessoas e animais. As partículas de plástico com menos de cinco milímetros, denominadas de “microplásticos”, podem ser ingeridas indiretamente por peixes, aves, tartarugas e mamíferos marinhos, levando seis vezes mais tempo para serem eliminados do organismo do que o macroplástico, que é ingerido diretamente.
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