O alongamento é largamente utilizado
como parte do processo de aquecimento nas mais diversas práticas de atividade
física, geralmente com três objetivos principais: aquecimento geral, meio para
evitar lesões e meio para melhorar a performance esportiva (2, 22, 23, 27).
Diversos autores e profissionais recomendam o alongamento baseados na premissa
de que esta prática acarretará aumento na flexibilidade que, por sua vez,
diminuirá a incidência de lesões (32, 33).
Muito embora o alongamento esteja
profundamente arraigado nas mais diversas áreas da educação física, trabalhos
recentes vêm apresentando resultados que contestam os supostos benefícios
atribuídos à sua prática. Alguns estudos, inclusive, mostraram diminuição na performance
muscular após alongamento estático (4, 7-10, 17, 24, 25). Por esta razão, tais
autores não recomendam a realização de alongamento no aquecimento para provas
que requeiram força e potência muscular. Há também trabalhos que demonstraram
que o efeito do alongamento estático sobre a flexibilidade quando é realizado
por períodos de 20 a 30 segundos não difere dos efeitos do alongamento
realizados por tempos maiores (3, 19). Baseados neste achado, autores como
Alter recomendam a realização de alongamento por um período máximo de 20 a 30
segundos durante o aquecimento, para que não haja prejuízo na performance (2),
porém não explicam qual seria o efeito de tal prática. Já outros autores
afirmam não haver efeitos fisiológicos quando o alongamento é realizado neste
intervalo de tempo (23, 24, 25).
Neste cenário de informações
contraditórias surge a questão que permeia este texto: se o alongamento
estático prejudica a performance quando realizado por períodos de tempo longos
e não tem efeitos sobre a flexibilidade se realizados por períodos de tempos
curtos, qual seria a verdadeira função do alongamento no processo de
aquecimento? Um dos poucos trabalhos que sugerem algum efeito benéfico é o de
Ekstrand et al. (40), que mostrou que um grupo de jogadores de futebol
profissional submetidos a determinado regime de alongamento, aquecimento,
utilizando calçados específicos e proteção de tornozelos, com reabilitação
supervisionada, educação e acompanhamento por profissionais tiveram 75% menos
lesões que o grupo de controle. Outros estudos também confirmaram este
resultado, ambos usando pelo menos uma outra intervenção além do alongamento
estático (41), fato este que não contribui para que respondamos os
questionamentos levantados anteriormente.
1. 30 segundos cada perna
2. 06 segundos cada perna
3. 20 segundos cada perna
4. 20 segundos cada perna
5. 20 segundos cada perna
6. 20 segundos cada perna
7. 30 segundos
8. 30 segundos
9. 15 segundos cada lado
10. 20 segundos cada perna
11. 15 segundos cada braço
12. 20 segundos