Por que os nadadores sentem tanta vontade de comer? Esse é um dos questionamentos que sempre fazem em relação à natação, principalmente quando a pessoa está pensando em usar a atividade para perder peso. Um artigo produzido pelo Journal of Clinic Endocrinology & Metabolism mostrou que 40% das pessoas que comem fora de hora por estarem com fome, na verdade, estão com “sede”, em processo de desidratação.
Poucos sabem que, a partir do momento em que o
corpo perde cerca de 2% de água, suas funções já ficam prejudicadas, desde frequência
cardíaca até remoção de produtos tóxicos como ureia, creatinina, ácido úrico.
Há prejuízo também na atividade física, relacionada diretamente à produção de
ácido láctico.
Mas, enfim, voltando à fome, muitos atletas
precisam se preocupar com o peso, ou porque seja importante para performance ou
porque têm forte tendência a ganho, o que atrapalha também o rendimento
esportivo e aumenta chance de lesões.
No caso específico da natação, com essa troca de
temperatura de todo corpo associado ao processo de osmose, o organismo perde
muita água, mais até que em alguns casos de corrida. Um nadador num simples
treino de 02 horas ou cerca de 3.500 metros chega a perder mais de dois quilos.
Fisiologicamente falando, nesse treino de duas horas sua melhora não aconteceu
nos últimos minutos e seu corpo entrou em processo de perda de peso em vez de
ganho de performance.
Quando falamos de água ou hidratação, encontramos
aí uma grande diferença. Muitos atletas ou praticantes de atividade física
intensa tendem a perder sais mineiras, como sódio, potássio, magnésio, além de
líquidos. Com isso, o simples consumo de água acaba ajudando no processo de
recuperação, tendo assim de usar algum tipo de isotônico, seja água de coco,
suco com pitada de sal ou produtos que encontramos nos mercados. Para aqueles
que têm atividade de até uma hora e meia não muito intensa (cerca de 70% de frequência
cardíaca), ingerir apenas a água já ajuda muito, mesmo sendo na piscina.
Cuidado com o que você come
Para saber qual quantidade adequada a ingerir, basta se pesar antes e
após um dia de treino, sem ingerir absolutamente nada. Veja o peso perdido e
tente consumir a mesma dose durante cada sessão. Você sentirá rapidamente a
melhora. Os atletas que não cuidam desse simples detalhe correm risco de sair
de um treino sentindo fome, comer de forma errada e assim aumentar o percentual
de gordura, prejudicando também o ganho de massa muscular por não comerem
alimento correto.
Outro ponto importante em relação à fome é a ansiedade. Sabemos que
atletas vivem em situações de estresse e tensão e isso realmente aumenta muito
a vontade de comer, como se fosse saída para a angústia – principalmente quando
estão em fase de polimento. Neste caso, há ansiedade em relação à competição e
diminuição do volume e intensidade dos treinos. Comendo mais, o nadador pode
aumentar a chance de ganhar peso e isso, com toda certeza, o prejudicará no
momento principal: a competição. Portanto, saber lidar com as emoções é de
extrema importância, seja com terapia ou algum outro método que possa ajudá-lo.
E, para terminar, um dos fatores mais importantes é o que chamamos de
fome oculta. É uma situação em que o corpo se encontra com déficit de vitaminas
e minerais, fazendo assim que a pessoa coma o que estiver à frente, seja doce
com salgado, salgado com azedo, comida gelada, etc. Essa compulsão por falta de
vitaminas é apenas um sinal de que o corpo não está bem cuidado. A falta dessas
vitaminas e minerais prejudica o bom funcionamento do seu corpo e,
automaticamente, prejudica seu rendimento.
Por isso, devemos ressaltar sempre a importância de um profissional da
nutrição para elaborar um plano alimentar ideal para seu estilo de vida,
intensidade, frequência e tipo de treinos. Atentem-se ao corpo, pois ele sempre
nos dá sinais.
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