"Todos os recordes feitos durante os Jogos Olímpicos, Campeonatos Mundiais, Campeonatos Mundiais Juniores de Natação e Copas do Mundo serão aprovados automaticamente."
"Pedidos de homologação de recordes mundiais e recordes mundiais juniores devem ser feitos em impressos oficiais da FINA pela autoridade responsável da Organização ou Comitê Técnico Organizador da Competição e assinada por qualquer representante autorizado da Federação do país do nadador uma vez verificado que todos os regulamentos foram cumpridos, incluindo um certificado de Controle Antidoping (DC 5.3.2). A solicitação deve ser enviada ao Secretário da FINA dentro de 14 dias após a realização da prova."
Apenas como recorde pessoal. Trata-se de uma marca pessoal do atleta em
condição diferenciada de uma competição, quando às vezes o atleta pode se valer
de assessórios ou condições especiais, portanto sem condições de aferição da
arbitragem oficial que poderia testificar o tempo marcado como recorde. Todo
recorde precisa passar pela avaliação da arbitragem sobre o cumprimento de
todas as regras daquela prova.
Absolutamente, não. Numa competição escolar/universitária, a entidade
que rege a modalidade necessariamente não é a mesma que promove o evento,
muitas vezes apenas realizando a arbitragem. Além disso, mesmo que o tempo
obtido seja melhor do que o recorde absoluto, o atleta não entra no critério de
representar o clube vinculado à federação, quando está representando uma
entidade estudantil. Nada impede de a entidade estudantil também ter seu
histórico de recordistas paralelamente, quando os tempos necessariamente não
sejam iguais aos recordes estaduais ou nacionais.
Sim. Ao bater um tempo exatamente igual ao recorde, o atleta alcançou a
mesma marca que o anterior, hipoteticamente como se ambos tivessem nadado na
mesma série e batido o recorde anterior. Se dois atletas batem com tempos
iguais e aquele tempo se torna o novo recorde, ambos os atletas devem ser
reconhecidos como recordistas. Na década de 1990, numa competição estadual,
houve atleta que bateu igual ao recorde, mas infelizmente o entendimento
daquela época dizia que só reconhecia o recorde, se tivesse feito pelo menos 01
centésimo a menos – o que não é verdade. Mesmo nadando em séries diferentes, em
datas diferentes, se o tempo for igual, a arbitragem deve reconhecer a hipótese
de ambos atletas terem nadado na mesma série e até mesmo, um do lado do outro e
que seus tempos iguais foram melhores do que o recorde registrado anteriormente.
Essa hipótese baseia-se no princípio da razoabilidade, que é um dos pilares da
justiça desportiva. O que se diz de dois recordistas vale também para três, quatro...
etc. (cf. SW 12.10).
Sim. Porém, é preciso atender à SW 12.14, quando pelo menos um árbitro
nacional reconhecido pela FINA deve estar presente para testificar o recorde
num campeonato estadual. Gradativamente, recordes são cada vez mais raros de se
bater e ainda muito raramente um atleta daria um salto surpreendente – não é
impossível, apenas estatisticamente um feito raro. Contudo, os técnicos acompanham
a evolução de seus atletas, e é possível ter noção de desempenhos numa
competição. Quando um atleta demonstra a tendência de surpreender, seu técnico
pode comunicar à federação responsável sobre a possibilidade de recorde
nacional ou mundial, quando então deve ser providenciada a presença de um árbitro
nacional (CBDA) para atender à SW 12.14. Nem todos os árbitros estaduais são
reconhecidos nacionalmente, assim como nem todos os árbitros nacionais são reconhecidos
internacionalmente pela FINA. Se um recorde nacional ou mundial for batido num
estadual ou competição estudantil, caso não haja árbitro da CBDA para
testificar, infelizmente esse tempo não será homologado pela entidade maior ao
não atender à SW 12.14.
Absolutamente, não. Recordes olímpicos equivalem a recordes de uma
competição em particular e exclusiva. E só é possível bater recorde olímpico
exclusivamente durante uma Olimpíada.
A SW 12.12 versa sobre a possibilidade de o primeiro nadador do revezamento bater um recorde mundial na prova equivalente. Se for na prova de medley, vale apenas o recorde do 50 m Costas em piscina de 25 m e do 100 m Costas em piscina de 50m. Se for no 4x50 m Livre (somente em piscina de 25 m), vale apenas o 50 m Livre pra piscina de 25m; se for no 4x100 (piscina de 25 ou 50 m), vale apenas o primeiro 100 m e se for no 4x200, vale apenas o primeiro 200 m. Revezamento misto não entra nessa regra. É preciso atentar para um detalhe em particular: A regra FINA versa sobre recordes mundiais de competência da FINA, mas não sobre recordes nacionais e estaduais. É possível seguir o padrão da FINA para eventos nacionais e estaduais, desde que isso esteja devidamente descrito em regulamento da competição. O que vai determinar se o primeiro nadador do revezamento pode bater recorde nacional ou estadual é o regulamento, por se tratar de regra à parte, em paralelo ao que versa a regra FINA.
Melhores tempos equivalem a recordes pessoais, podendo ser estabelecidos
tanto em competição quanto em treinamento. É possível reconhecer os melhores
tempos historicamente de uma prova, não necessariamente iguais a recordes
absolutos, desde que atendam a competição com arbitragem oficial (seja
estudantil, máster, do trabalhador etc.).
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