Em atenção às vítimas do covid-19 e
considerando o decreto estadual 30.419/21, estamos suspendendo a programação de
algumas matérias especiais durante a vigência das medidas mais rígidas do
Governo do Estado no combate ao covid-19. O destaque agora é o cuidado com quem
está vulnerável à contaminação e o respeito por aqueles que se foram. O Brasil
já soma quase 300 mil mortos por covid-19, sem esperança de uma política eficaz
de combate a um inimigo invisível mas real.
Apesar de acompanharmos resultados de
algumas competições nacionais ou internacionais em redes sociais, sentimos que
este não é o nosso momento de festejar título ou ranking. Respeitamos a luta
dos atletas, principalmente aqueles que estão focados nos Jogos Olímpicos e
Paralímpicos, e pedimos que por qualquer que seja o mérito conquistado, que
possamos intuir um minuto de silêncio em atenção às vítimas do covid-19, sejam
elas seus familiares ou não.
Não podemos fazer "vista
grossa" a certos fatos que envolvem interesses políticos, ao tratar os
mortos como meros números estatísticos. Se um bombeiro vir alguém se afogando e
pensar consigo mesmo que a morte é inevitável, sem prestar os primeiros
socorros, só porque viu a vítima inconsciente, então ele deixou de ser bombeiro,
por mais que a vítima pudesse ainda se reanimar. Dessa forma, como então o
dicionário da Língua Portuguesa classifica aquele que negligencia
propositalmente ou não atendimento à saúde e deixa seu povo morrer por mera
estatística? O influenciador Felipe Neto, dentre outras personalidades, soube
muito bem destacar a palavra genocida.
Não é algo que gostaríamos de apelar,
não é algo que gostaríamos de alimentar contra ou a favor do presidente, se
para isso os motivos não estivessem tão escandalizados por números alarmantes, pessoas
sendo presas em suas próprias casas, há mais de um ano sem podermos dar um
abraço. Desde 2018, o Brasil está carente de um presidente que sinta a dor de
seu povo e que não desconte no aumento da luz ou da gasolina, para isso desembocar
nas taxas de competições e no final, termos campeões que compraram suas
medalhas.
É isso o que um atleta quer na atual
conjuntura? Dizer que é campeão porque teve o privilégio de “comprar” sua
medalha? Dizer que é campeão porque nadou sozinho? Que seus adversários não estão
ali porque alguns estão chorando a perda de um familiar e outros não têm como
pagar a taxa de inscrição? Perceba como um entrave na política desemboca no
esporte.
No livro de Provérbios 29,2,
encontramos:
“Quando os justos governam, o povo se alegra;
quando os perversos estão no poder, o povo geme”.
Voltamos a nos comprometer com a
comunidade aquática, porém, por considerar o momento de extrema delicadeza e
cuidado, as publicações estarão restritas a informes importantes, também
renovando atenção à situação de crise financeira da Federação Aquática
Norte-Rio-Grandense – FAN e aos protocolos adotados: distanciamento social, usar
máscaras e lavar as mãos com álcool-gel 70º, dentre outros cuidados essenciais.
Pedimos compreensão a todos.
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