SW 6.2: Análise técnica do estilo Costas - Natação do RN

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SW 6.2: Análise técnica do estilo Costas

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O nadador deve nadar sobre suas costas durante a prova, sair desta posição implica sua desclassificação, com ressalva para a virada”  – SW 6.2.

Posição do Corpo
  • Numa visão lateral, deve revelar o peito do nadador em uma posição plana e horizontal ao nível da água;
  • Devido à mecânica do batimento de pernas, o quadril pode permanecer ligeiramente baixo do nível d’água em relação ao nado crawl;
  • Deve ser evitada a tendência de “sentar na água”, arrastando o quadril e causando resistência contra a propulsão;
  • A cabeça deve estar sempre alinhada ao corpo (olhar para cima), mantendo-a a 90º do nível da água, perpassando a nuca aproximadamente por sobre a linha d’água (quanto mais levantada estiver a cabeça com a nuca perpassando a superfície da água e alinhada à posição da coluna, maior será o aproveitamento da propulsão de braços e pernas);
  • Visto de traz, os ombros realizam um rolamento na direção do braço de tração;
  • Ombros alternam movimentos giratórios alinhados e paralelos, com o máximo de aproveitamento da fase submersa e da fase aérea;
  • Não deve haver deslocamento lateral do ombro como resultado da ação do braço, evitando-se arrasto do ombro na fase aérea ou movimento angular contra o stream-line;
  • A regra limita a angulação deste rolamento a 90º do nível d’água;
  • O quadril faz um ligeiro rolamento de reação associado à ação das pernas, seguindo o giro alternado dos ombros com a mínima flexão possível.

Conclusão: Como em qualquer nado, a posição do corpo do nadador na água está intimamente relacionada à eficiência de seus movimentos de braços e pernas.

Erros comuns
Cabeça muito alta (encostar o queixo); movimento de cabeça para os lados, acompanhando a entrada dos braços na água; cabeça excessivamente para traz (nuca afundada); quadris muito baixos (arrasto).



Pernas

  • O movimento é basicamente semelhante ao da pernada do crawl, com a inversão do movimento; movem-se alternadamente no plano vertical, seguindo o alinhamento do quadril, podendo rolar levemente em relação ao giro de ombros;
  • Parte de sua função é estabilizar e equilibrar o nado;
  • Peitos dos pés voltados para dentro (como no chute de peito ao pé no futebol); flexão plantar no chute para cima;
  • Deve ser dada maior propulsão com a palma do pé voltada para baixo (pés estirados) e na recuperação do movimento, pequena propulsão no batimento para cima (em oposição ao crawl);
  • Tornozelos relaxados no batimento pra baixo;
  • Joelhos devem permanecer o tempo todo abaixo da superfície da água, evitando o movimento de bicicleta; a pernada do estilo costas é mais eficiente que a do crawl em termos de propulsão (100% submersa).

Erros comuns
Trabalho de pernas sem ritmo; rigidez na batida de pernas; pouca amplitude no movimento de pernas; batida de pernas muito profunda, provocando arrasto contra o stream-line; excessiva elevação na batida de pernas; flexão exagerada dos joelhos na batida de pernas; batida de pernas completamente estendidas e com os pés flexionados; flexão das pernas no início do movimento descendente.



Braços



Como no crawl, a ação dos braços é alternada; são propulsores do nado.

Fase propulsora – submersa
  • Agarre: é a base da fase propulsora; movimento começa com o braço dentro da água; mão alinhada e estirada à frente do ombro; braço estendido - punho pode ser ligeiramente flexionado; trajetória da mão é para baixo saindo da linha do ombro em direção ao quadril; neste estágio começa o rolamento do ombro;
  • Tração: Braços flexionados ou estendidos? Adloph Kiefer – pai do nado de costas nadava com os braços estendidos tendo conseguido bons resultados em 1936. Roland Matheus em 1972 conseguiu com braços flexionados.
  • A braçada com os cotovelos flexionados é bem mais eficiente; antebraço e mão voltadas para os pés; a mão se move para baixo descrevendo um “S” alongado durante o trajeto da fase submersa;
  • O ângulo entre o braço e o antebraço diminui até aproximadamente 90º, ao atingir o nível do ombro; nesse momento, a força da articulação do ombro dita a magnitude deste movimento, ou seja, neste ponto a propulsão obtida pode ser máxima;
  • A tração vai até que braço e mão atinjam simultaneamente o plano lateral do ombro paralelo ao quadril.
 
Empurre
As mãos conduzem o movimento; palma da mão ainda voltada para os pés; no fim da fase propulsora, braços estendidos com a palma da mão voltada para baixo.

Fase de recuperação – aérea
  • Desmanche: Rotação do braço aproximadamente axial do quadril para a cabeça; inicia com a mão estirada com o polegar para cima (técnica mais aceita) e na medida em que o ombro executa o giro, a mão segue o alinhamento terminando a fase aérea também com o polegar para cima, perfurando a água com o dedo mindinho;
  • Braços se movimentam girando verticalmente para cima; os braços devem ser mantidos numa diferença de 180º entre si, durante o ciclo;
  • Flexibilidade do ombro é fundamental; flexão do punho antes da entrada; o ponto de entrada da mão é a linha do ombro; no momento da entrada, os ombros devem estar posicionados horizontalmente em relação à linha da superfície da água; quanto mais flexíveis estiverem os ombros, melhor será a entrada.


Erros comuns
Entrada dos braços ultrapassando a linha mediana do corpo (eixo do movimento corporal), exageradamente afastados e flexionados; não apoiar as mãos no início da braçada; apoio inicial das mãos muito superficial; executar a tração com os braços estendidos (lateralmente e verticalmente); executar movimentos assimétricos de braços (não-coordenados), dentro e/ou fora da água; projetar e elevar o cotovelo na tração, antes do braço na fase submersa; elevação do cotovelo no final da tração; terminar a braçada, com as mãos muito afastadas no corpo; no final da tração, empurrar a água somente pra frente; iniciar a recuperação com os braços flexionados; recuperar os braços sem estarem relaxados; recuperação de braços com os ombros dentro da água (arrasto contra o stream-line).



Respiração

Sem problemas para o nadador, pelo fato de o rosto estar sempre fora da água; respiração natural; o ar é inspirado durante a recuperação de um braço e expirado na recuperação do outro. Pode-se adotar frequência de respiração em relação a provas diferentes, pois alguns nadadores perdem propulsão quando respiram no momento de tração da braçada. Por exemplo: nos 50m, respirar a cada 04 ciclos de braçadas; nos 100m, a cada 02 ciclos e nos 200m a cada ciclo.

Erros comuns
  • Respiração sem ritmo

Coordenação dos Movimentos
  • Padrão natural: 06 batimentos de pernas para cada ciclo de braçadas (03 para cada lado) – ritmo suave e fluente.

Fonte: CDOF



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