O blogger Franklin Rodrigues foi aprovado na Clínica de Reciclagem para Árbitros Nacionais de Águas Abertas. O resultado havia sido publicado pela CBDA na terça-feira, 23 de janeiro, através do Boletim 019/2024 (link), com palestras e prova realizadas no início do ano. O evento se deu através da plataforma do Google Meet.
A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos – CBDA realizou nas quartas-feiras, 03 e 10 de janeiro, uma Clínica de Reciclagem para Árbitros de Águas Abertas. A clínica se deu de forma online, com palestras reciclando conhecimentos e experiências de árbitros de todo o Brasil, discutindo atualizações de regras e situações adversas encontradas em competições.
Dos mais de 300 participantes, o único do RN conseguiu aprovação que conferiu status de "árbitro do Quadro Nacional B de Águas Abertas". Ao todo, foram 78 árbitros aprovados de todo o Brasil, que estarão à disposição da CBDA (ou COB) para diversos eventos nacionais ou até mesmo internacionais.
Contribuindo para o crescimento do esporte no RN
Estudante do curso de Educação Física na UFRN, o blogger Franklin Rodrigues acumula não só conhecimentos teóricos e práticos de natação competitiva em piscina, como agora está focado nas águas abertas. A modalidade tem crescido nos últimos anos, sendo atingida durante a pandemia, mas recuperando o interesse e a participação de atletas e equipes desde meados de 2021.
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| Franklin Rodrigues e Edvaldo Valério Arquivo pessoal |
Em 2022, Franklin teve o privilégio de conhecer o medalhista olímpico Edvaldo Valério, bronze no revezamento 4x100m livre do Brasil nas Olimpíadas de Sidney 2000. A ocasião foi presenteada diante de sua participação inédita na última etapa da Copa Brasil de Águas Abertas em Salvador/BA. Já em 2023, o blogger foi bicampeão brasileiro ao vencer a prova de 1,5 km na etapa de Fortaleza/CE. Junto com ele, também somamos as participações de José Januário e Júlio Freitas, os únicos atletas do RN a encarar etapas nacionais de competições da modalidade e ainda, conseguirem medalhas pro RN.
Em julho de 2021, o RN ganhou 14 árbitros aprovados em curso promovido pela CBDA. Desde então, a FAN pode realizar competições de águas abertas com esses árbitros, além do Campeonato Brasileiro Master de Águas Abertas (link), realizado em outubro de 2021.
Um diferencial que precisa ser citado é a percepção do esporte quando se vive na prática aquilo que ora é ensinado por treinadores, ora se adquire conhecimento teórico através de formações específicas. Desde o ano 2000, Franklin tem formação em curso para ministrar treinamento de natação, equivalente ao "coaching" americano. No entanto, essa formação se restringiu a seus treinamentos pessoais que lhe deram diversas conquistas, inclusive a pretexto de outros treinadores pensarem diferente.
Não foi à toa, em 2003, a experiência de fazer 08 garotos entre 08 e 11 anos de idade conseguirem aprender a nadar e atravessar a piscina, em torno de 10 aulas de natação, "tirando do zero". Podem parecer pequenas as conquistas, mas com um diferencial bastante significativo, quando foi preciso mudar para a área da engenharia, ao invés de ter investido na carreira profissional de treinador.
Hoje, o coordenador de comunicações da FAN faz parte do grupo de apoio que conta com 33 membros de todo o Brasil junto com a diretoria de Águas Abertas da CBDA. Todo esse envolvimento e comprometimento com o esporte realça a importância do RN ter pessoas competentes para promoção e disseminação do esporte, especialmente das modalidade aquáticas. Participar de eventos desse porte permite trazer para o RN formação imprescindível à necessidade de fundamentos para a arbitragem oficial e para a organização de competições.
Algumas curiosidades – discussões abordadas
Curiosidades abordadas durante a reciclagem para árbitros nacionais dizem respeito à atualização da regra oficial da AQUA (antiga FINA) traduzida para o português e disponível no link:
Durante uma prova de águas abertas, a distância mínima da lâmina d'água até o fundo do ambiente (mar/praia, lagoa, rio etc.), ou seja, a profundidade mínima é de 1,40 metros. Quando se trata de mar em que necessariamente se enfrenta a variação de marés, cabe à organização do evento prevê tais variações em vista, principalmente, das regiões mais próximas à praia, quando se exige percurso ali perto.
Isso porquê, se a variação for mal calculada em provas que duram mais de 01 hora ou chegando até a 02 horas, o nadador poderá ser desclassificado, caso a arbitragem perceba seu toque na parte funda (terra firme), se estiver a menos de 1,40 metros de profundidade. Tanto um nadador quanto um grupo de nadadores poderão ser desclassificados por esse motivo.
Outra curiosidade que diz respeito à profundidade do ambiente das provas de águas abertas (mínimo de 1,40 metros) é quando se tem revezamentos. Em provas de revezamento, é prevista uma área de transição de 05 metros de extensão longitudinal, para que o nadador que vem possa tocar no nadador que sai. Se a área de transição for definida por plataforma flutuante (a depender da estrutura da federação local), o toque do nadador que vem se dá na plataforma, quando então o nadador que sai poderá se lançar na água e continuar seu percurso. Isso deve ser observado pela arbitragem que orienta o nadador que está em cima da plataforma a seguir a regra.
Mas caso não haja plataforma flutuante, a transição de revezamento se dá na água com toque entre os nadadores, na região entre o cotovelo e a mão (qualquer dos lados). Essa transição deve ser feita com ambos os nadadores flutuando, sem nenhum toque no fundo da água, caso a profundidade atenda aos 1,40 metros ou mais.
No mundo aquático desde 1992, Franklin Rodrigues destaca o que há de melhor do RN nas piscinas ou no mar Brasil à fora. 
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