O Governo do Brasil declarou Ayrton Senna como Patrono do Esporte Brasileiro. A honraria foi concedida na terça-feira, 25 de abril, sob o texto da Lei 14.559/2023, sancionada pelo vice-presidente (presidente em exercício), Geraldo Alckmin.
Falecido em 1994 vítima de um acidente durante uma prova esportiva, Senna é considerado um dos maiores pilotos da F1 de todos os tempos e é o quinto maior vencedor da história, com 41 triunfos em grandes prêmios.
A proposta passou pela Ministra dos Esportes, a ex-jogadora de vôlei e medalhista olímpica Ana Moser.
"Ayrton Senna foi um ídolo nacional. Durante o auge de sua atuação, ele representava uma das poucas esperanças de um povo carente de vitórias e grandes conquistas. Ele proporcionava a alegria das manhãs de domingo, a certeza da vitória. E, em cada conquista, fazia questão de demonstrar o seu orgulho de ser brasileiro" - declarou o ex-senador Dario Berger, no texto que passou pelo Senado em março deste ano.
O que é um patrono nacional
Por definição, o título destina-se a alguém que defende uma causa, um ponto de vista. Pode ser um escritor, cientista ou artista escolhido pela academia para ser o tutor de suas cadeiras. Ou ainda um criador, padroeiro, protetor ou representante de uma ideia ou até mesmo da sua classe.
A escolha dos patronos no Brasil muitas vezes é feita por senso comum e popular. Mas para se tornar oficial, o título deve ser aprovado em lei pelo Congresso. A lei que estabelece critérios para a outorga do título de patrono ou patrona (Lei 12.458, de 2011) considera que a honraria deve ser destinada como uma forma de homenagem a pessoas que se destacam ou representam determinadas categorias como unidades militares, classes profissionais, ramos do conhecimento ou artes, academias e instituições, movimentos sociais e eventos culturais, científicos ou de interesse nacional, segundo a definição da Agência do Senado Nacional.
Créditos: Motorsport Images |
Ídolo de gerações
Nome histórico da Fórmula 1, Senna morreu em 1994 após um acidente durante o GP de San Marino, em Ímola, na Itália. Mais de 200 mil pessoas participaram do velório do atleta, em São Paulo. À época, o governo brasileiro declarou três dias de luto oficial e concedeu ao piloto honras de chefe de Estado.
Nascido em São Paulo, em março de 1960, Senna começou a carreira no automobilismo na década de 1970, no kart. Em 1984, o piloto estreou na Fórmula 1, sendo campeão mundial em três ocasiões: em 1988, 1990 e 1991.
Lista de patronos brasileiros aprovados pelo Congresso
O Brasil agora possui 31 personalidades oficializadas como patronas de suas áreas de formação ou de destaque.
- Ayrton Senna, patrono do esporte
- Tiradentes, patrono da nação brasileira
- Duque de Caxias, patrono do Exército
- Machado de Assis, patrono das letras
- JK, patrono da urologia
- Oscar Niemeyer, patrono da arquitetura
- Tancredo Neves, patrono da redemocratização
- Chico Mendes, patrono do meio ambiente
- Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, patrono da arte
- Getúlio Vargas, patrono dos trabalhadores
- Paulo Freire, patrono da educação
- Carmen Velasco Portinho, patrona do urbanismo
- Rose Marie Muraro, patrona do feminismo
- Mário Covas, patrono do turismo
- Nilo Peçanha, patrono da educação profissional e tecnológica
- Florestan Fernandes, patrono da sociologia
- Eduardo Gomes, patrono da Força Aérea Brasileira
- Nelson Freire Lavenére-Wanderley, patrono do Correio Aéreo Nacional
- Jeronymo Baptista Bastos, patrono do desporto na Aeronáutica
- Aureliano Cândido Tavares de Bastos, Patrono dos Municípios Brasileiros
- Milton Santos, patrono da geografia
- Augusto Ruschi, patrono da ecologia
- Antonio Carlos Gomes, patrono da música erudita
- Tércio Pacitti, patrono da tecnologia da informação da Aeronáutica
- Aldo Augusto Voigt, patrono dos oficiais especialistas em controle de tráfego aéreo da Aeronáutica
- Luiz Gama, patrono da abolição da escravidão
- Jorge da Silva Prado, patrono do material bélico da Aeronáutica
- Padre Theodor Amstad, patrono do cooperativismo
- Paulo Autran, patrono do teatro
- Alberto Santos Dumont, patrono da Força Aérea Brasileira
- Dom Helder Câmara, patrono dos direitos humanos
- José Bonifácio, patrono da Independência.
Fonte: Uol
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