A FAN – Federação Aquática Norte-Rio-Grandense havia sido solicitada pelos clubes: Aeroclube, CEPE-Natal e Noilde Ramalho, para uma tomada de tempo oficial, agendada para o sábado, 10 de julho, na piscina do SESI Clube. Além das equipes potiguares, participaram do evento o clube Português do Recife do estado de Pernambuco e os clubes Fúria/Acqua R1 e Campestre de Campina Grande do estado da Paraíba. Cumprindo as normas determinadas pelo Governo do RN, foram 50 atletas inscritos, dentre 05 visitantes.
A tomada de tempo realizada pela FAN havia sido agendada bem antes da liberação atual para competições estaduais e mesmo assim, buscou-se cumprir as normas estabelecidas no combate à disseminação do covid-19. Dessa forma, o evento não teve disputas por medalhas, mas sim disputas por tempo, para atletas que buscavam índices rumo ao campeonato brasileiro de inverno. Dentre as disputas, 04 novos recordes estaduais absolutos foram estabelecidos, 03 deles só no feminino.
Júlia Gomes nos 1.500 m Livre, Karen Liberato nos 100 m Livre e 50 m Borboleta e Mateus Lopes nos 200 m Borboleta foram os nomes a reinscreverem os novos recordes estaduais nos registros da FAN. Destaque para o recorde dos 100 m Livre feminino que ia completar 20 anos, desde quando a primeira nadadora potiguar rompeu a barreira do 01:00.00. Mateus encarou uma das provas mais duras da natação e se tornou o primeiro a baixar de 02:20.00 nos 200 m Borboleta. E Júlia Gomes se tornou a primeira nadadora potiguar, em 50 anos de FAN, a nadar os 1.500 m Livre, abrindo o registro do recorde com um bom tempo de 22:01.93.
A natação feminina no RN está em alta, mesmo sofrendo todas as restrições impostas pela pandemia. E uma das responsáveis é sim a nadadora master Gisele Simplício, que tem conseguido instigar as atletas mais novas na beira da piscina a mostrar o quanto poderiam ser bem melhores. Numa rede social, ela fez questão de exaltar a nadadora Karen Liberato por ter conseguido romper seu recorde absoluto nos 100 m Livre que durava 20 anos.
Desde a liberação de competições no RN, no último dia 02 de julho, com a publicação da portaria conjunta n. 001/2021 - SESAP/SEEC, a federação tem buscado adequar um novo calendário de eventos, com previsão de campeonatos estaduais tanto em piscina quanto com a nova modalidade assumida: as maratonas aquáticas.
Mas é preciso atentar para todos os cuidados que envolvem a responsabilidade da Federação na realização de eventos. Isso porque a FAN tem buscado seguir todos os protocolos adotados no combate à disseminação da covid-19, solicitando que pais e amigos de atletas compreendam que certas determinações não nascem da FAN, mas da esfera maior do Governo do Estado. Durante alguns momentos mais dramáticos da pandemia, decretos do governo previam aplicação de multa na ordem de R$ 20 mil para quem fosse pego descumprindo às normas.
Independe de pontos de vistas individuais, nossa Constituição e demais legislações privilegiam o interesse público ante o privado. Não gostaríamos de ver a polícia fechando uma competição ou expulsando torcedores das arquibancadas, como se vê no futebol. Perdemos sim entes próximos e familiares. E perdemos o interesse de alguns atletas, tanto como é possível ver nas últimas estatísticas do blog, quanto da lista de atletas federados. Mas precisamos manter a fé de que o brasileiro é capaz de dar a volta por cima. E o momento é de compreensão e esperança em dias melhores.
Esses novos recordes são um alerta para o que o nadador potiguar ainda tem de melhor em si, mesmo enfrentando a pandemia. O que esses nadadores estão mostrando no individual, imagine quando formarem revezamentos nos estaduais, norte-nordestes ou até em campeonatos brasileiros! Muitos daqueles que perderam o interesse na natação irão sentir falta da piscina, das disputas e das amizades na beira da piscina e, cedo ou tarde, acabarão por atrair ainda mais atletas para nossas águas.
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| Mateus Lopes durante tomada de tempo oficial Créditos: Mateus Lopes |
No mundo aquático desde 1992, Franklin Rodrigues destaca o que há de melhor do RN nas piscinas ou no mar Brasil à fora. 
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