Quando Abbas Karimi subiu ao pódio depois de conquistar a medalha de prata nos 50 m borboleta, categoria S5, no Campeonato Mundial de Natação do Paralímpica do México 2017, ele teve problemas para ficar parado e posar para as câmeras. Nascido sem os braços, Abbas Karimi havia fugido de sua casa-natal no Afeganistão para explorar um novo futuro.
“Eu estava tentando sorrir, mas meus lábios estavam tremendo, meu corpo estava tremendo. Estou ali pensando em como represento 80 milhões de pessoas deslocadas em todo o mundo. Sou o único refugiado a ganhar um título internacional como este. Eu fiz história. Mas também estou pensando: não terminei”.
Apesar de não saber até junho se está oficialmente na Seleção Paraolímpica de Refugiados, Karimi está fazendo de tudo para estar pronto, incluindo treinar 06 dias por semana, às vezes duas vezes por dia, para melhorar seus tempos.
“Quero subir ao pódio em Tóquio. Eu não vou lá apenas para competir. Eu odeio perder”, disse Karimi, que foi recentemente nomeado 'Apoiador de Alto Perfil do ACNUR, a Agência de Refugiados da ONU'.
“Quando eu subir ao pódio, vou fazer muitos refugiados em todo o mundo felizes. Para mim, vou me sentir como um leão, alguém que sempre luta muito e nunca desiste, não importa o que aconteça”.
Fonte: Paralympic.org
No vídeo abaixo, você confere o que pode esperar nas Paralimpíadas de Tóquio 2020:
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