08 de dezembro: Dia do cronista esportivo

Nesta sexta-feira, 08 de dezembro, comemora-se o Dia do Cronista Esportivo, uma data importante para milhares de profissionais espalhados pelo Brasil, empenhados em levar informação e emoção para os apaixonados pelo esporte. A data remete a um acontecimento irônico.

Segundo contam, foi nesta data em que Aulus Lépidus, considerado o mártir da crônica esportiva e o primeiro a descrever um duelo entre escravos e leões no jornal Acta Diurna de Roma, na Itália, morreu devorado por famintos animais no Coliseu. Segundo os historiadores, Aulus teria tido um caso amoroso com a mulher de Marcelus Brunos, o domador de leões.

Mas o que seria uma crônica esportiva?

Crônica é um estilo de narração que acompanha os acontecimentos, geralmente em prosa, com possibilidade de argumentação a partir do ponto de vista de quem narra. É semelhante à resenha, sendo esta finalizada com resumo e opinião do narrador. Nos esportes, a crônica esportiva se carateriza mais notadamente pelos recursos sonoros e visuais (rádio, TV, internet), enquanto a resenha se faz no plano da mídia escrita, imprensa.

Quando divulgamos resultados de competições, estamos fazendo apenas um resumo. Se acrescentarmos uma opinião ao final, isso se chama resenha. Mas se fizermos o mesmo trabalho através de podcast, rádio, vídeo, TV, status visuais de redes sociais etc, estaríamos produzindo uma crônica esportiva.

A crônica esportiva busca mexer com as emoções, ela parte da mera descrição do que está acontecendo numa arena esportiva (piscina/mar) e tem a intenção de usar palavras que provocam curiosidade, aceitação, reprovação, alegria, tristeza etc...

São poucos os cronistas esportivos nos esportes aquáticos, aliás raríssimos. O que mais chega próximo de um cronista esportivo é o coach Alexandre Pussiedi, conhecido nacionalmente pela sua íntima relação com a natação brasileira. Há diversas de suas narrações em vídeos pela internet, sem contar participações em campeonatos mundiais, pan-americanos e olimpíadas.

Por outro lado, há inúmeros resenhistas na natação do Brasil. Eu mesmo sou um deles. A gente sabe que é um trabalho importante, que provoca emoção e reflexão ao final das matérias publicadas, que envolve riscos, como contribuir para um candidato perder uma eleição ou conseguir fazer uma cidade receber campeonatos importantes. Tudo isso sintonizando o que a "comunidade aquática" anseia, para poder responder com credibilidade.

Parabenizamos assim, a todos os profissionais comprometidos com a disseminação de notícias que enaltecem nossos atletas, provocam alto-estima, e de alguma forma, unem a todos num mesmo propósito.