No período de 01 a 03 de setembro, a Federação Aquática realizou um curso para formação de novos árbitros com Marcelo Falcão, que é diretor de arbitragem da CBDA e árbitro internacional da World Aquatics ("AQUA", antiga FINA). O evento permitiu o ingresso de aspirantes ao quadro arbitragem da FAN, como também reciclagem e atualização do atual quadro. A presidente da FAN comentou sobre a importância de um curso como esse tanto para os árbitros, quanto para os nadadores e técnicos. Confira:
"Fazia anos que a gente não trazia um curso presencial, veio pandemia e tudo mais... No ano passado fizemos um online, mas eu acho que presencial é totalmente diferente, então eu creio que foi muito bom pra gente formar novos árbitros e reciclar os árbitros antigos" – comentou Galega.
Isso, diante das dificuldades até então enfrentadas, desde quando a pandemia surgiu em 2020, que impossibilitou o contato presencial. Em 2021, ainda sofrendo com a pandemia, os contatos se restringiram às chamadas de vídeo ou por transmissões ao vivo via redes sociais, as chamadas "lives". Só em 2022, foi possível realizar um curso por transmissão via Google Meet, clique no link.
Apesar disso, a Federação carecia de novos árbitros para dar conta dos campeonatos programados. E o que a presidente da FAN sempre fez questão foi ter um quadro de arbitragem capacitado para atuar em qualquer função e em qualquer evento local, regional ou nacional.
"A participação foi muito boa: 62 pessoas. Mais de 20 [novatos] se propuseram a continuar como árbitro, então nosso objetivo foi alcançado e alguns técnicos estiveram presentes, achei muito importante."
Além da formação e reciclagem, o curso de arbitragem permitiu maior aprofundamento com troca de experiência entre o palestrante e os participantes. Diversos comentários permitiram elucidar detalhes das regras que muitas vezes não estão explícitos no texto em si, como a virada (transição) do peito pro livre nas provas de medley individual, que não permite posição de costas.
Foto: Franklin Rodrigues |
"O mais importante é que todos principalmente aqueles que mais questionam e reclamam não estiveram presentes. A gente faz esses cursos pra formar árbitros, mas também pra passar pros técnicos, a informação importante; porque não adianta só ensinar a nadar nem treinar, tem que ensinar as regras da natação (...), mas infelizmente eles acham que sabem demais e no final não sabem, termina prejudicando a Federação e a arbitragem" – desabafou Galega.
Foto: Franklin Rodrigues |
"O quadro de arbitragem da federação aquática é altamente capaz pra fazer arbitragem de qualquer evento, seja local, nacional, regional... Nós temos excelentes árbitros e com qualificação que nos dá certeza de ter um quadro de arbitragem competente, organizado e conhecedor das regras".
As pessoas têm dificuldades em manobrar uma bicicleta antes de aprender a fazer isso. E quando se aprende, fica "no automático". Do mesmo jeito são as regras de natação. Existem detalhes que precisariam estar "no automático", seja qual for sua especialidade ou estilo. Para isso, uma dica sempre recorrente é treinar diariamente aplicando as regras. Se fizer isso, com certeza vai ficar "no automático" e vai lhe dar mais segurança quanto o que fazer durante uma prova.
"Eu acho que hoje o mais importante é isso, a gente ter um quadro de arbitragem forte, um grupo bom, unido e amigo, porque eles fazem por amor, não por dinheiro (...), mas eles conseguem fazer o seu melhor, então eu me orgulho de ter um quadro de arbitragem muito bom e competente, sou muito feliz por isso" – concluiu Galega.
No sábado, 02 de setembro, à tarde, foi feita aula prática com os novatos do grupo de arbitragem, que acompanharam as diversas funções distribuídas ao redor da piscina pelos atuais árbitros, para garantir que as regras oficiais sejam seguidas.
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