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Patrocínio ao esporte é mais escasso durante pandemia

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Opinião exclusiva de Clodoaldo Silva, nosso tubarão paralímpico, retratando o drama do esporte diante de patrocínios comprometidos que atinge a maioria dos atletas e equipes. É preciso repensar o esporte e a forma como lidar com empresas patrocinadoras ainda durante a pandemia.



Hoje eu quero falar sobre a importância do patrocínio para um atleta, para um time e para o esporte. Sabemos que estamos em tempo de crise, e os reflexos estão em todas as áreas. E não poderia ser diferente no setor esportivo.

Demissões de atletas e membros da comissão técnica, suspensão de treinos e atividades nos clubes, adiamento de eventos esportivos, readequações salariais, partidas sem torcida, atletas parados e crise financeira são alguns dos problemas que podemos citar. Mas para além desses, existem também os prejuízos físicos e mentais para os atletas.

As incertezas passaram a fazer parte do dia a dia dos esportistas de alto rendimento, dos profissionais da área técnica e dos funcionários de clubes e entidades. Há um clima de constantes dúvidas: patrocinadores manterão investimentos? Sem competições previstas, sem calendário das eliminatórias para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, o mundo esportivo viu o planejamento escorrer pelas mãos.

No Brasil, patrocínio parece ser algo exclusivo de quem tem resultado, e isso ainda depende muito da equipe e da modalidade esportiva do atleta. E quando falamos de patrocínio ao esporte paralímpico, a resistência é ainda maior. É certo que muitas coisas melhoraram, mas ainda falta bastante para que as empresas realmente considerem como rentável o esporte de alto rendimento para pessoas com deficiência.

Com a pandemia, o diagnóstico não é nada animador. Normalmente, a partir de agosto as empresas se programam para o próximo ano. Mas a crise inverteu muitas coisas e deixou um ponto de interrogação enorme. Temos, por exemplo, queda nas receitas em setores como o das montadoras e, por outro lado, aumento dos lucros nas áreas de alimentação e farmacêutica. O mercado está confuso.

(...)

O desafio é enorme quando se trata de patrocínio no Brasil, e a pandemia tornou o cenário ainda mais incerto. Em meio ao caos social, será que as empresas irão seguir uma tendência de investir mais na área social ou, de repente, no esporte de base? Como será reorganizado o setor? O que sei é que ainda falta muito para que o mercado invista com mais segurança no esporte para pessoas com deficiência. Quando será rotineiro para as empresas o pensamento de agregar valor às marcas alinhando a imagem das pessoas com deficiência?

O que a gente torce é para que a realidade do esporte melhore. Que empresas abram seus os horizontes e invistam também no esporte de base, na modalidade que não tem visibilidade, no esporte paralímpico/paradesportivo, no esporte individual e em ações sociais voltadas para o público em situação de risco. E que o mercado volte ao normal. É como já sabemos: o esporte salva vidas em todos os sentidos.


Fonte: UOL



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