A vitória do estadunidense Caeleb Dressel nos 50 m Livre durante as Olimpíadas de Tóquio foi uma conquista digna de lágrimas por si só, já que o atleta levou para casa seu 6º ouro no evento. No entanto, Dressel surpreendeu o mundo e principalmente o Brasil, não só com seu imenso talento, mas também com sua sensibilidade.
Em entrevista ao The Today Show, em 02 de agosto, o nadador falou sobre a vitória, sua trajetória nos jogos e ainda, os momentos que mais se destacaram para ele ao longo da competição.
“Ensinamos algumas das meninas do time a jogar pôquer, o que foi tão engraçado. Elas são tão legais, depois de cada mão, bem como o quanto a disputa foi divertida. Assistindo aos caras, sua primeira vez no pódio, olhando para seus rostos”, relembrou.
Na sequência, Dressel confessou que, entre os momentos que mais o marcaram nas Olimpíadas, a reação do brasileiro Bruno Fratus prevaleceu. O estadunidense revelou que se comoveu muito ao ver o choro do brasileiro, que batalhou quase uma década e finalmente pôde sentir o gostinho do pódio olímpico, quando conquistou o bronze nos 50 m Livre e se tornou o nadador mais velho do Brasil a ganhar pela primeira vez uma medalha olímpica.
[tradução livre]
“O brasileiro, que é terceiro atrás de mim, Bruno. Ao vê-lo chorar por causa de uma medalha de bronze, quase comecei a chorar por ele. Para ele, aquele bronze era mais do que uma medalha de ouro”, disse Dressel. “São esses momentos que os Jogos Olímpicos capturam. Você tem um país que hospeda não apenas um grupo de atletas, mas seus sonhos se tornando realidade aqui”, concluiu.
A empatia de Dressel se tornou ainda mais impressionante, quando se descobre mais sobre a história dele. Desde a adolescência, o campeão olímpico dos EUA batalha contra a depressão e ficou 06 meses longe das piscinas, após ser diagnosticado com a doença. Quem o ajudou a passar por este grande desafio foi Clarie McCool, sua professora de geometria durante o ensino médio.
Clarie McCool acreditava demais no potencial do aluno e o ajudou a superar esse momento difícil e a retornar ao esporte. Anos depois, a educadora faleceu devido a um câncer de mama e desde então, Dressel a homenageia de um jeito particular toda vez que participa de uma competição: com uma bandana.
O item não é apenas superstição. Ele pertenceu à McCool, que utilizou o acessório, enquanto passava pela quimioterapia. Após o falecimento dela, em novembro de 2017, o atleta foi presenteado pelo marido da mesma com a bandana, pois ele sabia da conexão emocional profunda entre Dressel e McCool.
Desde então, o nadador leva o objeto para onde quer que vá, buscando relembrar a professora que mudou sua vida.
“Não há posse mundana que signifique mais para mim do que aquela bandana”, explicou o atleta em 2018.
Obs.: Fonte do texto suprimida devido conflito de informações que tiveram que ser corrigidas no texto.
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