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A primeira mulher campeã olímpica de natação

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A australiana Sarah Frances Durack, ou simplesmente Fanny Durack, entrou para a história do esporte quando se tornou a primeira campeã olímpica de natação no dia 12 de julho de 1912. Fanny venceu com tranquilidade os 100 m Livre Feminino, aos 22 anos de idade e nas eliminatórias superou o recorde mundial da britânica Daisy Curwen.



Fanny Durack e sua compatriota Mina Wylie, ambas de Sydney, foram as pioneiras do esporte feminino australiano. Dois anos antes da Olimpíada de 1912 em Estocolmo, capital da Suécia, o Comitê Olímpico Internacional decidiu incluir pela primeira vez uma prova de natação feminina no programa olímpico. A outra prova, o revezamento 4x100m livre feminino, só foi incluída por insistência dos britânicos.

Mas para chegar aos Jogos Olímpicos, as duas tiveram que superar muitos obstáculos. Primeiro, porque o clube delas se opunha a participação feminina em Olimpíadas. E depois por questão de verba, já que ambas só viajaram à Suécia graças a um esforço local de captação de recursos.

D.P.



A prova de 100m Livre contou com 27 nadadoras representando oito nações. Na segunda bateria das eliminatórias, Durack bateu o recorde mundial ao nadar para 01'19.8''. E nas semifinais novamente teve o melhor tempo com 01'20.1'. No dia 12 de julho, aconteceu a grande final e Durack liderou do início ao fim e com o tempo de 01'22.1', mais de três segundos à frente de Wylie (01'25.4'), tornou-se a primeira mulher campeã olímpica da história.

Além de Wylie, o pódio ainda teve a britânica Jennie Fletcher com a medalha de bronze. No dia 15 de julho, foi a vez da final do revezamento 4x100m Livre que foi vencida pela equipe da Grã-Bretanha, composta por Bella Moore, Jennie Fletcher, Annie Spiers e Irene Steer. A equipe terminou à frente da Alemanha (prata) e da Áustria (bronze).  As australianas não nadaram.

Durack retornou à Austrália como heroína e fez campanha ativa contra todas as formas de sexismo. Entre 1912 e 1918, ela quebrou 12 recordes mundiais, sendo que em 1914, nadou uma milha em águas abertas, com o tempo de 26'08'', batendo o recorde masculino de New South Wales por 52 segundos. Durack se preparava para os Jogos da Antuérpia em 1920, mas teve que passar por uma apendicectomia urgente e foi forçada a desistir da competição.

Ela se aposentou em 1921, mas permaneceu no mundo da natação, passando o resto de sua vida treinando jovens nadadores em Sydney. Durack morreu em 20 de março de 1956, aos 66 anos. Em 1967, entrou para o International Swimming Hall of Fame, como “nadadora de honra” e sua memória continua no Parque Olímpico de Sydney, onde dá nome a uma avenida.

Sarah Frances Durack (1889-1956)
Créditos: Wikpedia


Depois de Durack, as provas de nado costas e nado peito foram incluídas no programa olímpico de Paris 1924 e o borboleta adicionado em Helsinque 1952.

Fato curioso é que por mais de um século de jogos olímpicos, os sexos masculino e feminino não tiveram igualdade de provas. Somente agora nos Jogos de Tóquio 2020, a igualdade entre as provas femininas e masculinas será alcançada, com a adição das provas de 800m Livre Masculino, 1500m Livre Feminino e o revezamento 4x100m medley misto.

Créditos: Ireland Reaching Out




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