A confiabilidade é algo bastante inerente quando se trata de esportes. Isso porque esporte não é propriamente uma atividade física, mas sim, generalizando, a disciplinação de uma disputa através de regras em vista de uma conquista. Uma vez entendido o que é esporte com mais profundidade, percebe-se que nele há uma figura enraizada cuja essência determina a confiança que os participantes depositam ao se submeterem às regras daquele esporte: a arbitragem.
Nadar é uma atividade física, natação é um esporte. Nadar envolve movimentos corporais para se deslocar dentro do ambiente aquático, seja na piscina, na lagoa, no rio, no mar... Já natação envolve padronização desses movimentos que configuram estilos submetidos a técnicas e regras. Dessa forma, quem determina a natação? A arbitragem.
Especificamente, a natação é determinada pela padronização de movimentos e disputas pela maior entidade internacional que a regula: a FINA. Por mais que a FINA determine em regras ou regulamentos como devem ser as disputas de natação, é a confiabilidade depositada na arbitragem que torna a disputa justa e os resultados frutos de sua autoridade enquanto árbitros.
Especificamente, a natação é determinada pela padronização de movimentos e disputas pela maior entidade internacional que a regula: a FINA. Por mais que a FINA determine em regras ou regulamentos como devem ser as disputas de natação, é a confiabilidade depositada na arbitragem que torna a disputa justa e os resultados frutos de sua autoridade enquanto árbitros.
Confiabilidade não é especificada como algo exigível em qualquer regra ou regulamento de um campeonato. Por ser inerente, a confiabilidade é algo que os participantes aceitam sem muitos detalhes, ou seja, automática e inconscientemente. É uma propriedade que determina um resultado aceito por todos, tanto por quem ganhou quanto por quem perdeu. Sem confiabilidade, um esporte seria visto como uma disputa selvagem dos antigos homens das cavernas através de força bruta, sem qualquer uso do bom senso.
Apesar de a Humanidade ter evoluído e o esporte ser um dos frutos de sua evolução, qualquer coisa que aconteça contra a essência de uma disputa justa imediatamente é percebido pelo uso do bom senso que carregamos inconscientemente, sem aquela necessidade alfabética de reaver conceitos. E daí a figura mais que importante da arbitragem estar na dimensão de justiça a ser aplicada numa disputa: Tocar a borda em primeiro não é suficiente, tem que ter cumprido à regra.
A figura do árbitro não aparece em cima de um pódio do lado de um atleta que conquistou medalha, da mesma forma como seu técnico ou seus pais, quando querem aparecer na foto. Isso porque a confiabilidade na arbitragem determinou o resultado aceito por todos. Mas foi preponderante que a arbitragem determinasse o resultado usando os critérios de justiça, para que o atleta gozasse de seu momento de glória no pódio. Por outras linhas, se não fosse a confiabilidade dada à arbitragem pela autoridade que carrega dentro do esporte, o sorriso na foto não teria gosto de felicidade.
Daí, intui-se a importância que tem a arbitragem quando assume a confiabilidade depositada em si pelos participantes até mesmo desde o momento de inscrição num evento. Porém, como não atingimos uma perfeição idealizada através da evolução, tanto os participantes quanto a própria arbitragem estão suscetíveis a erros. Os erros dos atletas implicam desclassificações; já os erros da arbitragem comprometem sua confiabilidade.
Há margens de erros dos atletas que o árbitro se vê obrigado ao uso do bom senso, principalmente quando esses erros são acidentais e não propositais. Também, há margens de erros da arbitragem que se considera como "erro de direito", ou seja, durante a disputa a arbitragem não percebeu a infração do atleta por qualquer outra circunstância além do cumprimento à regra. Mas, assim como atletas podem ser desclassificados, o que se intui da arbitragem quando comete um erro acidentalmente? Uso do bom senso.
Usar o bom senso mesmo quando a arbitragem falha está dentro da confiabilidade nela depositada como algo inerente ao esporte. São passos através de erros que determinam como não se deve errar, é usar o próprio erro em benefício do aprendizado, cada vez mais refinado e aperfeiçoado. Afinal, acertar a aplicabilidade integral das regras deve produzir benefício para os dois lados da balança: para quem ganhou e para quem perdeu. Esse é o maior senso de justiça que o esporte carrega.
Todas as vezes que você revir suas medalhas ou seus troféus, tenha certeza que além de seu treinamento, além de seus pais e amigos e além de seu técnico, a arbitragem estava ali na disputa. Seria como sentir-se acompanhado por Deus, quando aposta que você é capaz de vencer. Assim como a arbitragem, Deus não pode favorecer alguém ao descumprir à regra, além de ser justo com suas consequências. Essa talvez seja a relação transcendental que o esporte carrega em si, quando educa a aplicação do senso de justiça através da arbitragem.
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