Este esporte chamado
natação é predominantemente individual. Mas, cada atleta não mergulha numa
prova sozinho. Ele carrega consigo um pedaço de seu técnico, de seus pais, de
seus amigos, da torcida e até de seus adversários. Do individual surge o
coletivo e desse coletivo se identifica a necessidade que todos temos de nos
unir em prol de um ideal, qual seja a formação de uma associação.
Não foi à toa o
surgimento daquela associação de nadadores másters do RN em 2005 – a APOMN. Os
atletas másters se uniram em prol daquele ideal de representar nosso Estado
numa competição forte. O que não tivemos em todos esses anos de obscuridade da
APOMN foi uma liderança capaz de unir os másters num mesmo ideal de promoção da
natação. Enquanto os nadadores se detiveram em seus treinos, em seus clubes,
alguns viajando pra fora e levando suas origens do Rio Grande do Norte em
competições Brasil à fora, nossas lideranças se mantiveram ingenuamente
acanhadas.
Ou melhor, como
estamos num “papo de máster”, o que se sugere de uma associação com direitos a
verbas do Governo, mas que teimava em não assumir uma equipe do RN fora do
Estado? O que porventura, haveria nas
entrelinhas dessa obscuridade? Some a isso o fato de quando a eleição da APOMN
foi questionada, todos os seus ex-diretores alimentaram um bullying, numa tentativa de abafar suspeitas. Sem contar o fato de
que uma associação “sem fins lucrativos” com direitos a verbas do Governo ser extinta
justamente no período de alta da “Operação Lava Jato”... O velho ditado: Quem
não deve não teme.
Para evitar os mesmos
erros, o que se disse da APOMN aplique-se como sugestão à ANMRN. A Associação
dos Nadadores Másters do Rio Grande do Norte – ANMRN surgiu num contexto embora
contraditório, aparentemente “salvífico”, mas que ainda não se adequou à
realidade premente do nadador máster potiguar. O que precisamos é de uma
associação atuante, representativa e transparente.
A proposta de uma
associação que caminhasse em parceria com a federação sempre foi defendida como
ideal para a natação máster potiguar se fortalecer. Isso porque a federação – a
FAN deve ser respeitada em seu histórico de promoção da natação máster, quando
não havia associação em seu lugar. É importante que fique bem claro que quando
se fala em FAN, refere-se à entidade “federação” como bem e patrimônio da
natação potiguar, muito embora alguns “partidariamente” confundam tal
denominação com a pessoa de sua presidente.
Uma associação que assumisse
a representatividade dos nadadores, formando equipes para campeonatos
interestaduais ou nacionais, criando intercâmbio com demais associações; uma
associação que defendesse os interesses do nadador máster, que integrasse
eventos de ação social, inclusive em prol de pessoas de baixa renda; uma
associação que sobretudo, convertesse seus recursos angariados em prol dos
próprios nadadores, através de festividades ou doações de prêmios. Esse foi o
ideal proposto à presidência da ANMRN, muito antes de conceber a formação dessa
associação.
Embora cada associação
tenha suas particularidades, ela não devia ser entendida como uma espécie de empresa
em que seus diretores a governam sem a participação do nadador. Acredito que a
palavra “coronelismo” não tenha causado alguma ofensa, se não foi entendida
como autoritarismo arcaico que despreza o fato de estarmos numa democracia
livre, cujo ideal volta-se para nossa prosperidade e soberania. Dessa forma,
que a presidência da ANMRN não apenas use sua página no Facebook para promover anúncios mirabolantes, se na prática o
nadador máster não teve direito à participação em suas assembleias. Até o
momento, não houve comunicado algum convocando assembleia a todos os nadadores
másters do RN. Tampouco, conferir o conteúdo de seu estatuto ainda não disponível
ao público até a data da publicação deste artigo.
A ANMRN foi formada
como expressão daquela vontade do nadador máster potiguar em ter sua
representatividade coletiva. É notório o quanto precisávamos ter uma associação
de máster. Em meio à recente formação da ANMRN, destacamos o que podemos
esperar dela: lisura de seus diretores, promoção de eventos, atuação na representatividade
do nadador em competições fora do Estado, transparência e universalidade (sem “panelinhas”,
por favor).
Aplique-se o “bom
senso” para a recente formação da ANMRN, no sentido de que ela se adeque à
transição da perda que tivemos da APOMN. E que tudo o que foi exposto não fique
no orgulho ferido de quem não soube fazer certo, mas tenha a humildade de
aprender com os erros. Até porque os erros da APOMN não seriam tão exclusivos
assim, se ela tivesse sido a única associação irregular do país. Em diversas viagens
que fiz Brasil á fora, há várias associações com histórias semelhantes ou até
piores (...). Por mais que se evidencie o individual numa prova de natação, o
coletivo estará no plano de fundo como base e sustentação. O que não queremos
de uma associação é que atos corruptíveis nos envergonhem na hora de subir ao
pódio.
[continua...]
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