Papo de master – Por que precisamos de uma associação? 1/4 - Natação do RN

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Papo de master – Por que precisamos de uma associação? 1/4

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Ser nadador máster evoca respeito, tanto de quem dá quanto pra quem recebe. E a palavra respeito pressupõe o mínimo de altruísmo quando se fala em associação, associação de nadadores másters. O Rio Grande do Norte foi um dos Estados que mais se atrasou em formar uma associação de nadadores, se considerarmos o recente sucesso da natação máster. Mas afinal, por que precisamos de uma associação de nadadores másters?







A pergunta talvez não mereça uma resposta “pronta”, a partir daquele ponto de vista de quem estaria interessado numa súbita cadeira de presidente. O nadador máster que gosta de competir talvez nem faça questão de quem o estaria representando, considerando toda uma abrangência legal que vai além de um simples estatuto. Porque, especificamente, existem associações e associações, certo?! Errado! A legislação determina como e quais as condições para formação de uma associação qualquer que seja sua destinação, como é o caso de uma associação de nadadores másters. Assim como os nadadores másters, existem associação de comunidades religiosas, associação de moradores ou comerciantes etc. Nenhum estatuto de associação está acima da lei, como porventura alguns de seus dirigentes assim se impunha por força de costumes antigos.

Para efeito de resumo histórico, a natação máster do Rio Grande do Norte teve sua primeira associação criada em 2005. Na época, a APOMN – Associação Potiguar Máster de Natação havia firmado acordo de parceria com a ABMN para realizar o primeiro campeonato Norte-nordeste e Centro-Oeste de natação máster em Natal. O evento foi um sucesso transitório: conseguiu reunir vários nadadores másters, porém após o campeonato, esperava-se que a APOMN desse continuidade a competições másters locais ou a eventos que representassem os nadadores potiguares. A então diretoria da APOMN se esquivou diante da Federação Aquática Norte rio-grandense – FAN e sequer nos anos seguintes promoveu um evento sob sua responsabilidade. Assim de 2006 a 2008, foi a FAN quem assumiu as primeiras competições locais que reunissem nadadores másters.

Aliás, de 2006 até os dias atuais. Isso porque até 2008 as competições eram para atletas não-federados e assim reuniam os garotos das escolinhas com os velhões da terceira idade, se esbarrando nos corredores da piscina. A partir de 2008, a FAN separou as competições de escolinhas do máster, quando então a equipe do CEPE liderada pelo prof. Alberto Silva permaneceu campeã por 07 anos seguidos (2008 a 2014). O fato dessa sequência de 07 anos liderando a pontuação da competição não mostra que por trás disso, houve sim o mérito do incentivo por parte do prof. Alberto, para que a natação máster não viesse a se desintegrar, buscando manter aqueles atletas ainda fiéis ao compromisso de participar da competição, tendo em vista que sua associação mesmo existente, estava totalmente enclausurada e assim manteve-se desconhecida por vários anos.

Anos se passaram e pra ser contundente, até recentemente não se ouvia falar em associação de nadadores másters do RN, nem da APOMN nem da ANMRN. O pseud. autor, por via de simpatia conquistada com a então diretoria da APOMN em 2013, foi incluído na associação como secretário de comunicações. O nadador máster e ex-secretário de comunicações da APOMN, Franklin F. Rodrigues, tinha frequência de participações em competições másters nacionais com apenas duas participações internacionais: um pan-americano em 2011 no Rio de Janeiro/RJ e um sul-americano em 2012 em Manaus/AM. Quando se conferiu o histórico de participações das principais capitais do país que recebera um campeonato nacional, Natal não estava na lista. Foi daí que Franklin (pseud.) tentou articular ao disseminar a ideia de um campeonato brasileiro máster em terras potiguares, diante da diretoria da ABMN. A ideia começou a ser construída em 2014 e agora estamos praticamente às portas da realização desse campeonato brasileiro em Natal.

Em 2015, por ocasião da XXII Copa Brasil de Másters realizada em João Pessoa/PB, em reunião com a diretoria da ABMN e os representantes de equipes de cada Estado presentes, Natal foi colocada em votação para candidatura de sede para um campeonato brasileiro, tendo Belo Horizonte/MG como suplente. A notícia não chegou a ser divulgada para alegria dos nadadores potiguares e perdemos a oportunidade para Uberlândia/MG, porque a então diretoria da APOMN se esquivou diante do desafio de receber o evento nacional e ameaçou Franklin, veementemente através de e-mail, de não divulgar nada em seu nome. Aquilo que seria compartilhado para alegria dos nadadores potiguares não foi bem visto pela então diretoria da APOMN que permanecia aprisionando toda a abrangência e finalidade da associação em promover a natação máster.

O curioso é que do período de 2014 a 2016 nenhuma reunião de diretoria da APOMN foi convocada por motivação de sua presidência ou diretores ligados a ela. Sempre havia temas de abrangência da associação a se tratar, porém a diretoria da APOMN jamais teve motivação própria. Inclusive, ainda em 2014, Natal foi envolvida numa confusão virtual entre a AN3M e nadadores de Fortaleza/CE.

Nessa ocasião, os nadadores de Natal não tinham nada a ver com a confusão, porém diante de uma competição em que os nadadores queriam participar, a diretoria da APOMN rejeitou assumir a equipe do RN, simplesmente por haver divergências entre as presidências da APOMN e da AN3M. Foi daí que Franklin, vendo que os nadadores queriam participar da competição máster, resolveu assumir a equipe sem usar o nome da associação, quando os atletas se inscreveram pela “RN Máster” e alguns dos diretores da APOMN começaram a vê-lo como adversário de seu pretensiosismo, quando ele conseguiu reunir e coordenar uma equipe que foi campeã do pré-máster e da categoria máster geral.

Até o momento, nos corredores das piscinas, a maioria absoluta dos nadadores não ouvia falar que o Rio Grande do Norte teria uma associação de nadadores másters. Entramos em 2016 e até então, a APOMN jamais representou a equipe de nadadores do RN em competições regionais ou nacionais, segundo exigência de seu próprio estatuto (quando vigente) ou ainda, sequer promovido um campeonato sob sua responsabilidade (o único evento que se tem registro perdido na memória foi um torneio de brincadeira pra tirar tempo de 50m em 2015). A natação máster potiguar continuava sob a égide de uma associação estéril, cuja diretoria não demonstrava a mínima competência para tal – aquele típico coronelismo histórico no Nordeste do início do século XIX.

[continua...]



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