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Entrevista a Rodrigo Rodrigues, novo diretor de Nado Artístico da CBDA

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Rodrigo Rodrigues assumiu o cargo de diretor de Nado Artístico da CBDA recentemente e conseguimos uma entrevista curiosa sobre sua relação com a modalidade. Pai da atleta Luíza Rodrigues, hoje seleção brasileira e campeã sul-americana de Nado Artístico, Rodrigo teve papel importante na comunidade aquática do RN apoiando a modalidade. No intuito de difundir a modalidade de Nado Artístico, Rodrigo nos cedeu uma breve entrevista. Confira:

Formado em direito, com MBA em Gestão de Negócios e atuação executiva em gestão comercial aplicada em empresas como SC Johnson, Cadbury Adams, Bunge Alimentos e M. Dias Branco, Rodrigo chega à CBDA para comandar o desenvolvimento do Nado Artístico no Brasil. Segundo informado pela CBDARodrigo, assim como a grande maioria dos diretores da CBDA, é voluntário.

Rodrigo é carioca, assim como sua filha Luíza. Acontece que por vários anos, Luíza participou de campeonatos de Nado Artístico aqui no RN, que serviram de base para hoje ser bi-campeã sul-americana. E no plano de fundo estava sem dúvida o importante incentivo de seus pais, Rodrigo e Lucimeire. A relação deles com o RN é especial e assim, perguntamos a Rodrigo como foi sua relação com a comunidade aquática durante o período em que Luíza esteve atuando por aqui.

Nossa relação com o Nordeste é muito especial, pois fui transferido a trabalho em 2003, trabalhei por toda a região e em 2006 fomos morar em Natal, que nos acolheu com muito carinho e onde Luíza teve contato com vários esportes, até descobrir a paixão pelo Nado Artístico através da Escola Doméstica de Natal (hoje Complexo de Ensino Noilde Ramalho). Luíza teve como primeira técnica a professora Rosana Mattos (por quem temos muita gratidão).

Rodrigo reconhece a importante integração de pais de atletas com a federação aquática. Quanto a isso, ele comentou:

Além disso, em Natal,  conhecemos o trabalho da FAN e passamos a não só admirar o trabalho realizado de forma organizada e profissional por Galega e Lu na gestão das modalidades aquáticas do RN, como nos voluntariamos a participar de uma comissão de pais, que organizava eventos, festas temáticas e ações para arrecadar recursos para nossos atletas. Desta forma, Natal tem um lugar muito especial em nossos corações, pois inclusive nosso filho mais velho (Bernardo) mora lá.

Como pai de atleta, como é sua relação com a Luíza? Tem cobrança de resultados em competições? Como foi pra você vê-la crescendo no esporte? Existe alguma expectativa de outras conquistas, quem sabe uma olimpíada?

Ser pai de atleta é muito gratificante, mas também muito desafiador, Luíza é muito dedicada, disciplinada, tem uma característica conciliadora e sempre empenhada em buscar soluções. Eu procuro estimular estes pontos positivos e manter o foco na busca dos objetivos que ela pretende conquistar. Eu acredito muito que a cobrança por resultados tem que ser feita através da discussão das possibilidades e do que cada atleta está buscando como desempenho, eles são ainda muito jovens e muitas vezes, ainda não possuem uma visão muito clara de tudo o que o esporte, a carreira e a vida podem proporcionar. Temos que orientar e oferecer este suporte. Isto é um aprendizado contínuo, não para nunca.

E continua:

Quem é pai ou mãe e acompanha a rotina deles conhece e vivencia estes desafios. A olimpíada é um ponto alto na carreira de qualquer atleta, mas também é um trabalho de muitos profissionais que se dedicam ao longo de todo um ciclo de treinamentos para este objetivo. Portanto, todos nós fazemos parte como pais, dirigentes, comissões técnicas, equipes multidisciplinares e claro, nossas grandes estrelas, os atletas. No caso da Luíza, apoiamos em tudo o que podemos, inclusive nos mudando para o Rio, com o objetivo de que ela pudesse vir treinar no Fluminense (grandes profissionais também, por quem temos todo o respeito e gratidão).

No tocante aos clubes de Natal e região, como você avalia a prática do Nado Artístico? Por que escolas [e pouquíssimas] ainda mantêm o Nado Artístico no RN?

Os clubes em Natal e o complexo Noilde Ramalho, possuem excelentes estruturas e tradição de grandes atletas que também  atuaram como técnicas (Margareth Kelly Braga, Izabelle Dantas, Rozana Mattos, dentre outras), que transferiram toda sua técnica e ensinamentos para uma nova geração, desta forma propagando o esporte no RN. Eu sou suspeito pra falar, pois eu acho um esporte fascinante, a mistura de treinamento, coreografia, música e a beleza das apresentações faz nossos corações bater mais forte.

Com o cargo assumido na CBDA, como você encara o desafio do Nado Artístico a nível nacional?

Eu acredito que temos tudo para incentivar o aumento do número de atletas. O nado artístico vem passando por um momento de transformação, agora temos atletas na categoria masculina, isto incentiva aos meninos também a participar, fora isto, acredito que o grande desafio está no incentivo, tanto no alto desempenho como a divulgação nas escolinhas e nos eventos de demonstração.

Rodrigo faz questão de enfatizar:

Estamos falando de um esporte completo, que trabalha concentração, respiração, disciplina, atividade física, interpretação, percepção corporal, coreografia, música e praticado na água (com menos impacto do que outras modalidades).

Finalizando nossa conversa com o novo diretor da CBDA, perguntamos a Rodrigo: Como você avalia a realidade de clubes Brasil à fora? O que poderia ser feito para tornar o Nado Artístico mais difundido ou até mais atrativo?

A realidade dos clubes no Brasil é muito diversa, pois no caso do nado, até a profundidade da piscina deve ser bem avaliada. A forma de tornar mais atrativo na minha percepção é divulgando todos os benefícios, fazendo o link inclusive com as atividades de carreira profissional, já que mesmo que uma atleta de nado não vá trabalhar no esporte como carreira, todo o legado positivo, cognitivo e físico que o nado proporciona vão ser levados para o resto da vida de todos os nossos atletas.

Créditos: CBDA


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