Encontrar uma atividade física que deixe você menos exposto ao novo corona-vírus tem sido prioridade de algumas pessoas durante a pandemia. Após meses de isolamento e flexibilização de vários setores, especialistas e estudos apontam a natação como um dos exercícios mais seguros para retomar a atividade física.
As recomendações básicas de respeitar o distanciamento, manter a higienização com álcool em gel e usar máscara sempre que possível valem para todas as modalidades, mas a natação tem a seu favor um fator diferencial: o cloro da piscina.
De acordo com um estudo realizado pelo Conselho Superior de Pesquisas Científicas da Espanha, não há evidências do contágio dentro das piscinas, desde que a concentração do cloro seja igual ou menor que 0,5 mg/L e o Ph menor que 8,0. Dessa forma, as soluções utilizadas nas piscinas seriam o suficiente para exterminar o corona-vírus e, também, outros tipos de vírus e bactérias.
A dra. Magali Meirelles, infectologista da sociedade de infectologia do Distrito Federal, reforça o poder do cloro como vilão do Sars-Cov-2:
“Os vírus respiratórios costumam ser eliminados pela ação do cloro, portanto a água clorada das piscinas acaba funcionando como uma proteção, desde que o indivíduo não se exponha de outra maneira”.
Clubes adaptados
Ciente do poder que a água com cloro tem no combate ao corona-vírus, alguns clubes têm reforçado os cuidados fora da piscina. Dentre as medidas adotadas estão:
- Redução da capacidade de alunos;
- Distanciamento de dois metros na piscina;
- Alternância das direções do nado;
- Não compartilhamento de materiais;
- Higienização dos acessórios pré e pós uso e
- Utilização de máscaras de acrílico pelos professores.
Cuidado extra com os olhos
Ações como essas inibem ainda mais a circulação do vírus, conforme ressalta Magali Meirelles.
“As pessoas precisam compreender que a água da piscina não é um veículo de transmissão da Covid-19, mas o comportamento de prevenção deve ser mantido. A postura inadequada ao redor da piscina pode colaborar para uma possível infecção pelo corona-vírus. Portanto, o indivíduo deve retirar a máscara somente na hora de entrar na piscina, e também levar máscaras extras para o uso após a atividade, já que as máscaras, uma vez que estejam úmidas, perdem a eficácia”, alerta.
Além de todas as precauções para evitar a transmissão do novo corona-vírus, os praticantes da natação precisam ficar atentos aos cuidados com os olhos. De acordo com o dr. Gustavo Serra, oftalmologista, o cloro, eficiente no combate ao Sars-Cov-2, também pode ser um vilão ao sair da água.
“Quando as pessoas mergulham, o cloro da piscina irrita o olho e é comum pacientes terem conjuntivite. O risco de o paciente coçar o olho aumenta consideravelmente e, consequentemente, também o de transmitir o corona-vírus. Por isso é importante manter a higienização sempre que deixar a água e evitar ao máximo levar as mãos ao rosto”, orienta o oftalmologista.
Fonte: Metropoles
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