Bora, amanhã é dia de treino! - Natação do RN

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Bora, amanhã é dia de treino!

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Enfim, chega a etapa final da temporada e você respira aliviado. Seu alívio tem duplo sentido: ou você está aliviado por não se sentir mais cobrado pelos resultados (agora, só o próximo ano) ou seu alívio vem de uma consciência tranquila que correspondeu às suas reais expectativas.


Você, eu, ninguém nunca vai bater tão duro quanto a vida. Mas não se trata de bater duro, se trata de quanto você aguenta apanhar e seguir em frente, o quanto você é capaz de aguentar e continuar tentando. É assim que se vence.
Sylvester Stallone


Da minha antiga equipe da década de 1990, eu me recordo que assim que ingressei, queria muito competir e ganhar medalha - admirava os grandes campeões da época. Mas na realidade, a medalha nunca vinha. Um 15° lugar aqui, um 11° ali... quando fiquei em 8º no 100m Livre, vibrei demais! E vieram as férias com quase nenhum resultado colhido durante um ano duro...

No ano seguinte, novamente a dificuldade em chegar àquele bendito pódio. E é porque modéstia à parte, fomos treinados por um dos mais exigentes técnicos de natação da época cujo intuito maior era que todos e cada um de seus atletas fosse campeão e vencedor. Outro ano de duros treinos catando medalhas em jogos internos sem qualquer pódio no estadual.

Daí que sobreveio um "insight" e resolvi treinar nas férias. Enquanto a equipe dormia em "berço esplêndido" durante as férias, todos os dias eu procurava alguma atividade relacionada à natação, porque naquela época não era fácil ter uma piscina aberta no mês de janeiro. Assim que a equipe retornou, enquanto os outros demoraram de uma a duas semanas para readaptar ao ritmo, eu já estava chegando na frente nos tiros de 1500m abaixo de 20 minutos (terminei o ano na casa dos 18min no 1500).

Foi um dos anos mais duros em treinamento que eu passei e por incrível que pareça, foi o ano que eu menos competi. Intui o âmago de meu ex-técnico falecido José Renato - Zezé (+1998) e no meu íntimo disse: "Você quer me bater? Ok. Deixa que eu me bato em dobro!" E assim, me desdobrava nos treinamentos, jogando fora aquela neurose pelo 15° lugar no 100m Livre para aplicar o que Sylvester Stallone disse. O resultado: fazer abaixo de 01'00 treinando séries de super-aeróbios por ironia do destino.

Talvez isso tenha um significado para um atleta diferente de outro, são realidades bastantes relativas a cada universo psicológico. O que se abstrai de uma experiência tão valiosa é o quão disposto a enfrentar os desafios você esteja, mesmo que surpreendentemente algo bata em você aqui e outro, ali tentando te deixar pra baixo. E você vai esperar o próximo ano para tentar de novo? Bora, amanhã é dia de treino.

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