Com exclusividade, Katilen Liberato contou para a Natação
Potiguar como foi sua trajetória até a prata no JUB’s 2017 e seus objetivos
nesse esporte chamado natação. A nadadora é gêmea com Karen Liberato, ambas
finalistas no 50m Borboleta da competição universitária mais importante do
Brasil e mais organizada da América Latina. Expectativa para um futuro destaque
internacional.
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Todos nós do RN nos surpreendemos com
seu ótimo resultado e não só seu, também de sua irmã gêmea, a Karen, finalistas
do 50m Borboleta. Como foi essa preparação especialmente para o JUB’s?
Katilen
Bem, não tenho muito tempo de estar
na piscina devido a choque de horários com a faculdade e estágio. Então, nesse
ano, tentei ao máximo otimizar os momentos que conseguia encaixar os treinos na
academia, que forma o diferencial para não perder a força e potência para as
minhas provas, que são de velocidade. Na piscina, foquei em treinos mais curtos
e totalmente voltados para as provas de 50 metros, o mais difícil mesmo foi
conseguir uma frequência semanal.
No ano passado, fiquei em 4º lugar,
na mesma prova, pela diferença de 08 centésimos. Esse ano já fui com a cabeça
tranquila de que eu tinha realmente chances de estar no pódio, fiz minha melhor
marca pessoal na prova, quebrando a barreira dos 29’’, o que me deu muita
esperança de chegar competitiva no JUB’s. O 28’’ fiz no mês de agosto, na copa
potiguar.
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Vocês duas ficaram entre as 08
primeiro lugares numa final de JUB’s, fazia décadas que não chegávamos a um
pódio... Como são provas de velocidades e muita explosão, vocês estudam suas
adversárias ou é “tudo ou nada” no 50m?
Katilen
Nós somos bem estratégicas sim, e
estudamos as adversárias (risos), sempre de olho nos rankings e a partir daí
formamos nosso palpite acerca do resultado da prova.
Foto: Katilen Liberato |
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Essa medalha de prata no JUB’s é a
sua mais importante conquista? Quem contribuiu para você chegar lá?
Katilen
Sim, a minha primeira conquista a
nível nacional. Obviamente, ninguém conquista nada sozinho. Agradeço aos que
incentivaram e ajudaram a alcançar meu objetivo: minha irmã, família, o meu
técnico do SESI, o Pedro, o apoio da academia TNT, o apoio da UFRN, ex-colegas
de treino e todos que de alguma forma me incentivaram com alguma palavra de
motivação. Eles foram essenciais.
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Além disso, você teria outras metas
pessoais nessa ou em outras provas: acha que a faculdade ou alguma coisa
atrapalharia?
Katilen
Minha meta principal foi realmente os
50m Borboleta, mas gosto de nadar os 50m Livre, sempre me divirto nessa prova e
tenho resultados legais nela também.
Creio que a faculdade não atrapalha,
o problema de nosso Estado é a total falta de incentivo ao atleta
universitário. Muitos deixam o esporte durante a graduação pela falta de
perspectiva que se encontra ao tentar prosseguir com a rotina de atleta depois
do ensino médio.
Foto: Katilen Liberato |
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A gente sabe que você é gêmea com a
Karen. Como é a relação de vocês na piscina?
Katilen
Nossa relação tanto em treinos como
em competição é de total parceria, sempre uma motivando a outra, “puxando” nas
séries, incentivando quando o cansaço já está maior que tudo, e nessa parceria,
com certeza conseguimos realizar nossos objetivos com muito mais êxito. Nosso
apoio entre si é fundamental.
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Qual a diferença de treinar com a
irmã e competir com ela?
Katilen
Competir com a irmã gêmea é uma
experiência única, obviamente, todo mundo quer ganhar (risos), mas uma ou a
outra ganhando, a vitória está em casa, tudo certo!
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Vocês duas são uma rara exceção da
natação ao continuar praticando esse esporte e conquistando ótimos resultados,
mesmo depois de entrar numa faculdade. Acha que por falta de incentivo dos
órgãos universitários, a competitividade das mulheres cai na natação? Ou seja,
menos garotas praticam natação depois de entrar na faculdade?
Katilen
Salvo a UFRN, creio que sim. A
universidade que minha irmã estuda, a exemplo, justifica que eles não têm
nenhum fomento ao esporte.
Foto: Katilen Liberato |
A
nadadora Katilen Liberato cursa o 3º período de pedagogia e está em primeiro
lugar no ranking estadual dos Melhores do Ano 2017. É recordista das provas de
50m Borboleta Juvenil II e revezamento 4x50m Livre Misto. Faz parte da equipe
do SESI Clube, sob comando do técnico Pedro Lucas Marinho. Gêmea com Karen
Liberato que faz o 4º período de educação física, elas abrilhantaram a disputa
do 50m Borboleta nos Jogos Universitários Brasileiros – JUB’s 2017, em
Goiânia/GO, conseguindo 2º e 5º lugar, respectivamente, no último 22 de
outubro.
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