Atletas do RN integraram uma equipe híbrida formada especialmente para competir a nível nacional. Juntando a Potiguar Master, com a equipe TNT e a equipe Felipe Maia, ao todo 49 nadadores, dos 21 aos 68 anos de idade, estiveram em Uberlândia/MG, encarando 41 provas de natação especialmente para atletas masters. Promovida pela ABMN, a 70ª edição do Campeonato Brasileiro de Masters de Natação foi realizada de 23 a 26 de novembro, com dedicação especial do troféu a Maria Helena Padilla da Costa, uma das mais ativas personalidades da natação master no Brasil e sócia-fundadora da Associação, falecida em outubro.
Última competição nacional da temporada master, o evento ficou marcado pelo incrível número de recordes mundiais estabelecidos, ao todo: 05 recordes mundiais, sim senhor. Com a nova regra internacional de natação, abertura de revezamento não vale mais como recorde. O nadador Rodrigo Castro abriu a prova do 4x200m Livre Masculino 160+, com 01:55.39; na regra antiga, ele teria estabelecido 02 recordes ao mesmo tempo, sendo um na parcial da prova individual (200 m Livre) e o outro na prova total do 4x200 m Livre, que também foi recorde. No entanto, 02 dias depois, Rodrigo voltou a nadar a prova individual dos 200 m Livre e agora sim, finalizou com recorde mundial para a categoria 45+: 01:55.59.
Recordes mundiais do campeonato:
- Guilherme da Silva (95+): 200m Peito
- Guilherme da Silva (95+): 50m Borboleta
- Rodrigo Rocha Castro(45+): 200m Livre
- Rodrigo Rocha Castro (45+): 400m Livre
- Rodrigo Rocha Castro, Felipe Maia, Renato Melo Ferreira e Bruno dos Santos Rodrigues (160+): 4x200m Livre Masculino
Observação sobre a nova regra
Atleta mais regular das últimas décadas
A propósito, em se tratando de Rodrigo Castro, que já foi seleção brasileira, com medalha de bronze no mundial de Indianápolis 2004 e 04 medalhas em Pan-americanos (Winnipeg 1999, Santo Domingo 2003 e Rio de Janeiro 2007), dificilmente (para não dizer "nunca") se tinha encontrado na natação master um atleta tão regular entre as parciais dos tempos de uma prova a outra.
Atletas velocistas são "explosivos" e os fundistas "sabem segurar uma média". Raramente, um atleta faz tempo entre uma prova e outra com índice próximo do dobro da prova. Ou seja, numa prova de 100 m, fazer tempo o mais próximo do dobro do que teria sido nos 50 e assim por diante nos 200 e nos 400... Mas os tempos de Rodrigo são surpreendentes entre as provas de 50, 100, 200 e 400 m Livre. Ele conseguiu manter um índice médio de 2,18 entre uma prova e outra, ou seja, entre os 50 e 100, entre os 100 e 200 e entre os 200 e 400 m Livre. Compare:
- 50m Livre: 00:24.07
- 100m Livre: 00:52.55 (índice em relação aos 50: 2,18)
- 200m Livre: 01:55.59 (índice em relação aos 100: 2,19)
- 400m Livre: 04:09.66 (índice em relação aos 200: 2,18)
Equipes
O RN teve atleta voltando ao topo do pódio a nível nacional, com destaque para a natação feminina representada pela atleta Gisele Morais (35+), que terminou a competição com nada mais, nada menos que 08 medalhas de ouro e 01 de prata. No masculino, o atleta mais experiente da equipe voltou a subir o lugar mais alto do pódio num campeonato brasileiro. Com 68 anos de idade, Paulo de Tarso não deu mole nos 50 e 100 m Costas, terminando a competição com 02 ouros e 05 pratas.
Realizado no parque aquático do Praia Clube de Uberlândia, o 70º Campeonato Brasileiro Masters de Natação registrou 467 atletas de 13 estados brasileiros, dentre 57 equipes participantes. No quadro de medalhas, a equipe potiguar aparece em 1° lugar num total de 58 ouros, 42 pratas e 29 bronzes. Já na pontuação final, a equipe híbrida do RN com atletas do sudeste foi vice-campeã brasileira ao conquistar o 2° melhor resultado dentre as equipes grandes da competição (critério do regulamento).
Dentre os potiguares, destacamos as conquistas de:
- Gisele morais (35+): 08 ouros e 01 prata
- Paulo de Tarso (65+): 02 ouros e 05 pratas
- Alexandre Zuanazzi (45+): 01 ouro, 01 prata e 01 bronze
- Rodrigo Passos (45+): 01 ouro, 01 prata e 01 bronze
- Thibério Fernandes (35+): 01 ouro e 02 bronzes
- Paulo Wagner (55+): 03 pratas
- Nadilson Braga (35+): 01 prata
Links:
Observação: a matéria precisou ser reeditada diante de inconsistência de dados publicados em comparação com as regras oficiais da AQUA (World Aquatics, FINA): Complete-se que tempo de abertura de revezamento não vale como recorde em provas do misto, apesar do resultado publicado não ter considerado inicialmente a parcial do revezamento mas sim o da prova individual, o que gerou confusão entre os termos técnicos da regra oficial. Elucidada a regra, segue a edição.
ResponderExcluir