É importante que as
mulheres saibam nadar, mesmo em sociedades mais conservadoras, onde são
desencorajadas a mostrar os seus corpos. Esta é a opinião do campeão olímpico
de natação, Michael Phelps, lembrando que em desastres naturais, como
inundações, as mulheres correm maiores riscos de vida.
Por isso, o norte-americano
com 23 medalhas de ouro em olimpíadas, de passagem por Hong Kong em outubro de 2018, disse que as
mulheres devem ter direito a usufruir de um dos “maiores desportos”, que é a
natação. “Todos deveriam ter esse direito porque todos precisam saber [nadar]”,
defende. É uma questão de justiça e de igualdade. “Acredito que todos têm o
direito de fazer o que quiserem”, acrescentou ainda o atleta que disse
adeus à modalidade depois dos Jogos Olímpicos Rio 2016.
Por exemplo,
em 2004, com o tsunami no
Pacífico, 77% dos mortos na província indonésia de Aceh foram do sexo feminino; os homens
ou sabiam nadar ou subiram às árvores, aponta uma organização que tem o apoio
da Oxfam. Também, a organização Teach a
Girl to Swim aponta que o maior número de crianças que
morrem afogadas na China e em Bangladeche são garotas adolescentes.
Através da fundação que
leva seu nome, Phelps tem promovido a segurança das crianças dentro d’água. Phelps
insiste que não voltará às competições e sublinha que está comprometido com o
seu trabalho de caridade para transmitir “às crianças e a todos a grandiosidade
do desporto”.
O nadador testemunha
ainda outros benefícios da natação e de outras modalidades, como a mudança de
comportamento ou a melhoria das notas na escola. Além disso, em termos
comunitários, as cidades também beneficiam se promoverem a prática desportiva
com o objetivo de melhorar o bem-estar social. “Há tantas coisas poderosas que
podemos ensinar através do desporto”, acredita.
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