A
Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos – CBDA, órgão máximo dos
esportes aquáticos no Brasil (natação, maratonas, pólo, saltos e nado
sincronizado) irá realizar, enfim, eleições de acordo com as exigências da
Federação Internacional de Natação – FINA. A eleição está marcada para o
próximo dia 28 de fevereiro, após vários atrasos desde as tentativas de eleições frustradas
de 2017.
Praticamente um ano após o embaraço
vivido diante de vários fatores provocados por brechas entre o estatuto anterior
e as regras da FINA, a CBDA irá definir sua presidência. Isso porque havia
sofrido intervenção jurídica e a forma como o presidente em exercício foi eleito
não havia sido reconhecida pela organização máxima no mundo dos esportes
aquáticos, a FINA.
A princípio, o então presidente Coaracy
Nunes havia eleito Thiago Pereira como presidente da Comissão de Atletas, para
permitir que Thiago votasse em nome de todos os atletas, mesmo não tendo sido
eleito por eles. A primeira eleição estava prevista para 18 de março de 2017. Atletas
encontraram irregularidades nessa forma de eleição e isso foi uma brecha para
uma avalanche de situações desencadeadas logo após essa eleição ter sofrido
intervenção jurídica, culminando em prisões de ex-dirigentes da CBDA (embora desde 2016 ex-dirigentes da CBDA estivessem na mira de investigações do Ministério Público). Com a
anulação do cargo de Thiago Pereira, a eleição foi suspensa, Coaracy perdeu o
cargo de presidente e a CBDA passou a ser administrada pelo interventor Gustavo
Licks.
Logo após, a CBDA abriu candidatura de
atletas para a Comissão e através de seu próprio site, os atletas elegeram
Leonardo de Deus como presidente. Oficialmente, de acordo com a legislação
brasileira e seguindo o previsto em seu estatuto, a CBDA realizou nova eleição em 09 de junho de 2017. Um dia antes da eleição marcada, a FINA
publicou que não reconheceria tal eleição, com base tanto no estatuto da CBDA
quanto em suas regras de reconhecimento para filiação de confederações
internacionais.
A CBDA então elegeu Miguel Cagnoni como
presidente, mesmo a FINA não reconhecendo tal resultado. Diante dessa
problemática entre a FINA e a eleição da CBDA, enfim foi fixada nova eleição para
o dia 20 de dezembro de 2017, para se adequar às exigências da FINA. Porém, o
candidato Ricardo Barbosa, então presidente da Federação de Esportes Aquáticos
da Paraíba – FEAP, entrou com uma ação judicial que suspendeu a eleição
marcada. A alegação de Ricardo foi que essa eleição não foi anunciada com tempo
suficiente para se preparar.
Enfim, a quarta (e tomara última) eleição
foi marcada para o dia 28 de fevereiro de 2018, conforme decidido judicialmente.
Há praticamente um ano de desembaraço, esperamos que enfim, esta eleição
normalize a situação da presidência da CBDA, que deverá estar de acordo com a legislação brasileira e com as devidas exigências da FINA.
Passo a passo em resumo:
- · 18 de março de 2017: anulação da Comissão de Atletas, eleições suspensas
- · 23 de maio de 2017: Leonardo de Deus eleito para presidente com a Comissão de Atletas: Carlos Henrique Rosa (maratonas), Jessica Gonçalves (nado sincronizado), Rudá Franco (pólo aquático) e Tammy Galera (saltos ornamentais)
- · 08 de junho de 2017: FINA publica que não reconhece pleito da CBDA
- · 09 de junho de 2017: Miguel Cagnoni é eleito presidente da CBDA
- · 20 de dezembro de 2017: eleições definidas para cumprir exigências da FINA, porém suspensas por ação judicial do candidato Ricardo Barbosa
- · 28 de fevereiro de 2018: eleição enfim oficialmente definida
Nenhum comentário:
Postar um comentário