Papo de master – Páscoa consternada - Natação do RN

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o melhor da natação potiguar

Papo de master – Páscoa consternada

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Trazer um assunto delicado de âmbito transcendente para uma compreensão objetiva sempre será um grande desafio. Isso porque permite uma variabilidade na liberdade de expressão que tanto pode se alinhar ao que se espera, quanto pode comprometer uma tentativa de quebrar um paradigma. No entanto, reclamar talvez não cause tanto efeito quanto alinhar-se a um propósito positivo.



O personagem heroico "Batman" tem algo em comum com a natação quando se quer desenvolver autoconfiança. Ao passo que o morcego é por natureza cego, desenvolver autoconfiança na natação torna-se um exercício que pode ser treinado e repetido cujo resultado sempre será positivo em diversas circunstâncias. Sendo cego, como então o morcego consegue voar com precisão e alcançar seus objetivos? Simples resposta científica: desenvolver a audição.

Correr o risco de se atirar no escuro sempre foi uma característica própria cuja vida exigiu de mim [blogger] usar mais os sentidos da audição do que a visão. Lembra do treino de contar braçadas? Sim, eu já treinei contando braçadas e naquelas séries, sabendo do número de braçadas que fazia a cada 50 m, fechava os olhos para contar com uma a menos, quando então, voltava a abrir os olhos já perto da borda. Era uma sensação bem diferente quando se repetia isso várias vezes, mas produzia uma reação de autoconfiança autônoma, ou seja, não foi foi preciso uma voz de um psicólogo para desenvolver autoconfiança, além da simples sensação de lançar-se nos sentidos da audição até a borda.

Num país não-declaradamente capitalista em sua Constituição, contradições acirram o dia a dia de uma ditadura futebolística. Tornou-se muito impreciso o limite entre o cartel jornalístico de opiniões passivas e uma súbita conivência pelo bem maior do salário do jogador. Às vezes, a impressão que se tem é de que os repórteres esportivos da atualidade se amoldaram de tal forma a essa ditadura, que se tornaram meros mendigos da informação. Outrora na Idade Média, o boato era uma das principais causas de guerras, o boato desfazia casamentos e envenenava reis. Hoje, o boato é se o jogador gostou da calcinha da travesti. Boato já tem B de bola e é disso que o futebol vive no B do Brasil: de boato, não de notícia.

Aceitar de forma conivente a ditadura do futebol no Brasil reflete de certo modo a herança de tradição católica neste país. Não que a rebeldia protestante fosse necessária para ajudar a quebrar esse paradigma alimentado no futebol brasileiro. Existe algo melhor e muito melhor do que rebelar-se como fazem os protestantes. Melhor do que rebelar-se é inovar.

Foi a inovação que fez despontar as diversas modalidades esportivas em países como China, Hungria, EUA e Japão.  Nas olimpíadas de Pequim 2008, mais de 10 mil atletas estiveram num país dito "comunista" com Michael Phelps e seus 08 ouros imbatíveis. E naquela mesma olimpíada, foi a China comunista que bateu os EUA capitalista com 15 ouros a mais no quadro de medalhas [51 no total. Fonte: COI].

Rebelar-se contra o repórter que não cansa de entrar no banheiro dos jogadores para saber se está usando calcinha, isso de nada irá mudar a realidade do atletismo, do basquete, da ginástica ou muito menos da natação. É preciso inovar. E inovar com responsabilidade e comprometimento. Sem intuir o que o presidente Jair Bolsonaro tem feito contra os gigantes da imprensa brasileira, ao causar mais de 330 mil mortes por covid-19, provocando informações desencontradas. Inovar sem dissuadir, sem denegrir, sem destruir;  inovar sem arrogância, sem ignorância, sem petulância.

Inovar passa por uma parcela, talvez menos de 30% dos repórteres esportivos no Brasil, que necessariamente teriam que "converter" os objetivos de sua profissão. Converter no sentido de rebelar-se sim contra a conivência, contra essa ditadura do futebol. E não há mais como especular diferente: estamos numa ditadura de um capitalismo no futebol, alimentado por um cartel mascarado que existe na imprensa brasileira.

Eu não sei você, mas aqui no RN tem blog que ultrapassou a marca de 100 milhões de acessos à base do "control+c control+v". Não é 100 mil, é 100 milhões mesmo. O fulano é devoto de um time local e só copia matérias de outros jornais que falem bem de seu time pra postar, enquanto lá em seu blog não há matérias que falem bem dos outros times concorrentes.

Tornar-se passivamente conivente com a ditadura reinante do futebol é aceitar um único assunto em comum, sem qualquer chance de rompimento desse paradigma. Onde não há concorrência que eleve a qualidade em relação à demanda, é tendencioso que o comunismo reine e reine naquela classe jornalística que lambe as botas dos jogadores de futebol.

Entre um título num campeonato mundial de natação e a decisão de fazer uma reportagem numa das mais influentes televisões do Rio Grande do Norte, foram precisos 05 dias! Isso mesmo: 05 dias, e
m dezembro de 2014, e ainda utilizando-se do "control+c control+v". A origem da informação: pesquisa no Google, depois encontra o blog "natação potiguar", copia a matéria do blog e lança como destaque inédito lá no jornalzinho. Esse jornalista sequer teve a decência de fazer referência à origem da informação. O que será que aprendeu em seu curso universitário?

Pode ser que o futebol tenha seus valores disciplinares como modalidade esportiva, mas ninguém vive fazendo gol como quem nada a cada 25 ou 50 metros de parcial, só pra começar. Ou seja, à exceção do 7x1 pra Alemanha, enquanto numa partida se comemora 01 ou 02 gols em 90 minutos, numa prova de natação como os 200 m, que leva em torno de 02 minutos, cada parcial seria motivo de comemoração para quem está narrando, coisa que Galvão Bueno nunca soube fazer quando comentou a natação em olimpíadas (péssimos comentários por sinal).

Dá pra entender que tipo de "super-homem" trabalha para um jornal que não utiliza a informação para salvar?! Um tipo de "super-homem" que se tornou vítima do próprio sistema? Que não tem a mínima criatividade para descobrir o que o xadrez ou o ciclismo teriam de incrível que o futebol não tem? Um "super-homem" crucificado pela própria profissão? Ou conivente com uma ditadura?

Quando se percebe a maioria dos jornalistas esportivos formados em universidade e trabalhando pro sistema comum em prol da exclusividade do futebol, a que conclusão se chega após análise de um retrato de país sem sistema econômico definido? Você tem preconceito contra o comunismo? Agora, imagine quantos atletas das várias modalidades não estão abusados de tantos lambe-botas do futebol!



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