Em sua primeira competição internacional, Rebeka Saldanha é destaque na Copa Pacífico 2023 - Natação do RN

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Em sua primeira competição internacional, Rebeka Saldanha é destaque na Copa Pacífico 2023

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Única representante do RN, a potiguar Rebeka Saldanha encarou seu primeiro desafio internacional e foi destaque na Copa Pacífico, realizada na Colômbia, durante os dias 19 a 22 de outubro. A atleta da equipe do SESI integrou a seleção brasileira de natação formada por atletas exclusivamente do Norte-nordeste, após ter sido convocada pela CBDA, em 04 de setembro.


A Copa Pacífico de 2023 aconteceu concomitante à Copa Julio Maglioni, na piscina do Hernando Botero O’Byrne, em Bogotá, capital da Colômbia. A competição visa integrar atletas das categorias infantil, juvenil e júnior dentre países sul-americanos envolvidos, como o Brasil, a Argentina, o Paraguai, a Bolívia, o Equador, o Chile, o Peru, o Uruguai e a anfitriã, Colômbia.

Em sua primeira experiência de competição internacional, a atleta Rebeka Saldanha foi destaque ao integrar a seleção brasileira na competição e conseguir ótimos resultados. Com apenas 16 anos de idade, a atleta é treinada por Rodrigo Villar, da equipe do SESI Clube. A atleta foi 11ª nos 50 m Livre, 12ª nos 100 m Livre, 12ª nos 200 m Livre e 21ª nos 100 m Borboleta.
"Eu fiquei muito orgulhosa, pois ela enfrentou sozinha altitude elevada,  dificuldade para respirar e não desistiu de nenhuma prova.", contou entusiasmada Cinara Souto, mãe da atleta.




Nota | Observação
Em 05 de setembro de 2023, publicamos matéria sobre a convocação da atleta (link), dispondo também do link do Boletim de Convocação. O link agora encontra-se corrompido e em seu lugar, a CBDA publicou outro link do mesmo boletim, destacando o texto: 
"Todos os convocados (as) serão responsáveis pelos custos de realização desta viagem. [sit.] Passagem Aérea, Uniforme, Hospedagem, Alimentação e Transporte Interno no local do Evento."

(https://sge-aquaticos.bigmidia.com/_uploads/boletim/o_1h9g2qentjd21lp61hdcgqvqh2g.pdf)

(https://sge-aquaticos.bigmidia.com/_uploads/boletim/o_1hbtm25cn1v211vgo9mbq0i1a7ob.pdf)


É preciso citar que a presidente da FAN Rosileide Brito havia sido convocada para a mesma delegação que integraria a seleção brasileira para a Copa Pacífico, junto com a atleta Rebeka Saldanha  e a atleta Ana Maria Fernandes. A presidente sentiu-se lisonjeada pelo reconhecimento e agradeceu muito à convocação, porém informou que devidos aos custos da viagem, não pôde assumir a delegação da seleção brasileira nessa competição.

De forma semelhante, as atletas do RN convocadas encontraram bastante dificuldades em custear a viagem para a Copa Pacífico na Colômbia, tendo sido feito até pedido para colaboração da comunidade aquática via pix. Diante de muito esforço e contando com a colaboração de alguns "pai"trocinadores, apenas Rebeka Saldanha conseguiu representar o Brasil na competição.

Uma coisa que não pode ficar engasgada é que, independente de um boletim com link corrompido ou não informar sobre os custos pessoais dos atletas, em todo balizamento, em todo resultado, em todo ranking e nos principais documentos públicos expedidos pela CBDA, existe uma lista de patrocinadores envolvidos com a entidade. Ora, se a entidade possui patrocinadores publicados até em seu site, qual a relação disso com uma seleção de atletas que sequer receberam um agasalho?

É lamentável saber que absolutamente nada foi custeado pela CBDA em favor dos atletas que representaram o Brasil na Copa Pacífico, nem mesmo o uniforme com a logomarca da CBDA que possui patrocinadores. Todas as vezes que um atleta representa o Brasil numa competição através da CBDA, existe uma relação direta ou indiretamente com a lista de patrocinadores da entidade, de modo que algo pudesse ser revertido em prol dos atletas. Ficamos estupefatos ao saber que para participar da Copa Pacífico, foi preciso custear algo em torno de R$ 11 mil para cada representante do RN.

"Rebeka teve ajuda da federação FAN e de amigos que se sensibilizaram, pois as despesas foram em torno de 11 mil reais", disse Cinara Souto, mãe da atleta.

Embora uma competição internacional possa representar significativamente muito para um atleta em ascensão, a falta de apoio financeiro da maior entidade do desporto aquático no Brasil tende a comprometer os valores do esporte, especialmente quando não se pensa nas futuras consequências. Porque, ainda que possa parecer "opcional" aceitar os termos do boletim publicado, para o atleta em si, a conjuntura envolvida ao ser convocado é outra bem diferente e envolve toda uma expectativa de representar seu país diante dos outros.



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