Atualmente, exercícios físicos são algo altamente estimulados e
praticados na sociedade de costumes. Ponto super positivo para as crianças!
Aulas rotineiras de natação, taekwondo, judô, vôlei ou futebol, por exemplo,
fazem parte de uma agenda que harmoniza escola, lazer e vivência esportiva. E
isso não é apenas emblema de uma época ou propagação de uma ideia social em
voga. Muito mais do que isso, a conscientização da necessidade do esporte vem
proporcionando mais saúde e bem-estar para crianças e adultos.
Do aumento da expectativa de vida do brasileiro até o novo perfil sociocomportamental da criança e do adolescente no país, o que se vê, felizmente, é que na atualidade há mais qualidade de vida (em relação a outros períodos) para as mais diversas faixas etárias. E pode ser que parte dessa elevação qualitativa se dê por causa de maior e mais adequada vivência física nos últimos tempos.
Por todos os
bons motivos, é grande o incentivo à prática esportiva infantil (e
adolescente). Mas é bom lembrar que tal estímulo deve ser algo natural e
gradativo. O bom mesmo é que pais, médicos e educadores dosem com equilíbrio o
esporte na vida dos pequenos. Mas uma coisa é certa: com a atual
conscientização do próprio corpo e sua interação com o mundo, dificilmente crianças
e adolescentes exercerão o sedentarismo. Ponto para a saúde e o bem-estar da
garotada!
Benefícios do esporte para a saúde infantil
Estão mais
do que comprovados os inúmeros benefícios do esporte para a saúde infantil. Nos
tempos atuais, a vivência corporal poderá – ainda mais – colaborar com o
equilíbrio psicológico da criança. Para falar melhor sobre isso e esclarecer
como atividades físicas podem ajudar na resolução de problemas de saúde
infantis, a pediatra Doris Milman – que atua no Hospital Mãe de Deus, em Porto
Alegre, explica algumas questões.
A médica
começa fazendo referências a estudos nesse sentido, que mostram que quanto mais
cedo a criança iniciar a prática esportiva, menos riscos ela terá de sofrer
certos tipos de doença, como problemas cardiovasculares e obesidade, por
exemplo. Além disso, realça a pediatra, “é preciso lembrar que os esportes
influenciam direta e positivamente na sociabilidade e na autoconfiança dos
pequenos”. Por tudo isso, Doris Milman enfatiza: “A implementação de atividade
física na infância e adolescência deve ser considerada prioridade pela
sociedade”. Mais: na opinião da médica, é preciso todo um processo de cultivo
do hábito esportivo, que deve ser algo prazeroso.
O estímulo ao esporte e o combate ao sedentarismo
Vivemos na
era da Internet, dos jogos eletrônicos e das facilidades de acesso a
dispositivos e controles. O computador, a TV e a tela do videogame podem causar
um grande sedentarismo nas crianças e, em consequência, reduzir na rotina
aquele que seria um gasto calórico mais adequado a sua fase. E o pior: um
cotidiano sedentário – ante a vivacidade natural do ser infantil – a este pode
trazer estresse e problemas psicológicos consideráveis.
É por isso
que Doris Milman aconselha: “Os pais devem combater o sedentarismo, estimulando
a prática regular do exercício físico no cotidiano e/ou de forma estruturada
por meio de modalidade esportiva”. Ela esclarece que, de uma forma geral, a
prática de exercícios físicos faz com que as crianças melhorem seu tônus
muscular, a coordenação, o equilíbrio e a agilidade. Também se destaca, entre
as vantagens proporcionadas, a estabilidade emocional oferecida aos pequenos
que exercem práticas esportivas frequentes.
A pediatra
salienta: “Estimular o esporte é criar hábito e interesse por atividades
físicas permanentes, o que deve ser vivenciado de forma agradável. Por essa
razão, especialmente, o componente lúdico deve prevalecer sobre o competitivo”.
Alternativas esportivas / Fases características
A médica
entrevistada explica que pais e educadores precisam analisar a oferta de
alternativas para a prática de atividades físicas dos pequenos. Tais atividades
devem contemplar os interesses individuais e o desenvolvimento de diferentes
habilidades por parte da criança. Há fases indicadas para a prática de
determinados esportes, por exemplo: enquanto a natação pode ser admitida desde
os primeiros meses, as artes marciais são recomendadas, preferencialmente, após
os oito anos de idade. De igual modo, devem ser vistos os benefícios desejados,
levando-se em conta os ganhos fisiológicos e psicológicos permitidos por
determinadas atividades: enquanto a prática do vôlei, por exemplo, auxilia o
crescimento da estrutura óssea, a prática do ciclismo ajuda a evitar o
estresse. A prática do tênis, por sua vez, favorece a coordenação motora, o
pensamento lógico e a socialização.
De um modo
geral, porém, especialistas indicam – como ótimas práticas para as crianças –
diversas modalidades esportivas. O ideal, na verdade, é a vivência do esporte
em si, não importando se a opção é natação, futebol, basquete, handball, tênis,
artes marciais, esgrima ou ginástica rítmica.
Alguns esportes e seu auxílio específico à saúde dos pequenos
No entanto,
consultamos Doris Milman, especificamente, sobre a prática de determinados
esportes para alívio e melhoria de circunstâncias físicas nas crianças, bem
como para desenvolvimento de habilidades corporais ou benefícios de ordem
psicológica. Ela fala, especialmente, sobre as excelentes indicações da natação para os pequenos.
A natação é
útil e promissora para diversos fins, com destaque para auxílio a problemas
respiratórios.
Considerado
como completo, o esporte aumenta a resistência orgânica e auxilia a prevenção e
a recuperação de enfermidades como bronquite, asma e também problemas de
ortopedia. Nos casos de doenças respiratórias, além de trabalhar esse aspecto,
especificamente, a natação ajuda a aliviar o estresse e a proporcionar melhor
postura para a criança. Além de tudo, a modalidade esportiva ajuda a
desenvolver na criança habilidades psicomotoras (como a lateralidade) e
percepções bem apuradas dos sentidos (visual, auditiva e tátil). Isso sem falar
na tonificação muscular que a criança ganha cotidianamente.
Benefícios gerais dos exercícios físicos
Apesar dos
benefícios específicos mencionados, a regra geral é que a criança viva o
esporte em um cotidiano regrado e supervisionado pelo pediatra e pelo
profissional de educação física. E, independentemente desta ou daquela
característica esportiva e seus préstimos, o importante mesmo é que a sua
prática proporciona inúmeros ganhos físicos, pessoais e sociais aos pequenos. Dentre
estes, podemos destacar: superação de dificuldades, respeito a regras,
adequação a responsabilidades, interatividade social, controle da ansiedade,
domínio dos próprios atos, estímulo de cooperação, alívio do estresse e
desenvolvimento emocional.
Fonte: Sayonara Salvioli in: Yahoo Mulher
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