Papo de master – Votar com lucidez
“Nunca na história desse país...”, esse bordão identifica um dos
personagens mais influentes politicamente dos últimos anos, senão controverso. Sua
sombra ainda causa reações diversas e adversas, quando se torna difícil mirar novos ares de nossa pátria amada. O que se apresenta é um retrato
controverso que impõe receio de dias inseguros pelo simples e simbólico fato de
alguém não gostar da espinha no nariz do outro. É feio? E daí? Intua apenas: o
bem maior.
No calor das emoções, uma reflexão sensata sobre os rumos de nosso país não
poderia deixar de envolver a participação dos esportistas, quando conhecemos o
valor da educação e do esporte na cultura de valores morais da vida. Qualquer que
seja a sua escolha, a predisposição à resistência talvez não mude o resultado
no placar, se você conseguir terminar sua prova dentro das regras. No entanto, acaso
seria recomendado levar uma arma escondida para atirar no árbitro, caso você seja
desclassificado? A manutenção da hegemonia democrática também depende do limite
da sua liberdade em respeitar o ponto de vista alheio. E aceitar a derrota com
humildade e maestria.
Trechos de uma carta publicada no site da CNBB trazem um conteúdo neutro
de tendência política, porém com especial enfoque como alguém que tem o que
repassar para as próximas gerações. Acompanhe:
“O destino do Brasil, por muitos anos, estará sendo decidido nas
eleições que se aproximam. Muitíssimos eleitores, no entanto, desinformados
sobre os reais interesses que estão em jogo, correm o risco de fazer escolhas
sem conhecerem suficientemente e analisarem criticamente os candidatos, seus
partidos, quem os financia e seus projetos.
“Muitos candidatos vendem uma imagem que não corresponde à sua
identidade real, à função que postulam e ao tipo de gestão que a nação
necessita. Para muitos deles, o processo eleitoral se reduz ao marketing. O
debate com a participação direta dos eleitores é raro. Até mesmo grande parte
de comunidades cristãs se omite dessa responsabilidade.
“São escandalosas as posturas alienadas de muitos cristãos e as adesões
a um candidato à presidência que dissemina violência, ódio, racismo, homofobia
e preconceito contra mulheres e pobres. Ele utiliza falsamente as temáticas do
aborto, gênero, família e ética; faz apologia à tortura, à pena de morte e ao
armamentismo; e é réu por injúria e incitação ao crime de estupro. (...)
“A polarização de posições ideológicas, em clima fortemente emocional,
gera a perda de objetividade e pode levar a divisões e violências que ameaçam a
paz social.
“Reconheçamos a importância do debate respeitoso sobre esse assunto em
todos os ambientes. (...) O destino saudável do Brasil depende de nossa opção
em defesa do que é verdadeiramente justo. Saibamos, então, fazer escolhas
lúcidas nesta eleição”.
Fonte: CNBB Regional Sul 1
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