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Brasil tem vaga garantida nas maratonas aquáticas em Tóquio 2020

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A brasileira Ana Marcela Cunha carimbou seu passaporte para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. A vaga foi conquistada em uma prova marcada por uma chegada emocionante no Mundial de Desportos Aquáticos de Gwangju, realizada na manhã do último domingo (14), na Coreia do Sul, com o quinto lugar nos 10 km das maratonas aquáticas, única prova olímpica da modalidade.

Foto: Satiro Sodré/redesporte.gov.br


Com o tempo de 01h54min50s5, Ana Marcela ficou a seis décimos de segundo da medalha de bronze e com o mesmo tempo da sexta e da sétima colocadas. A segunda brasileira na disputa, Viviane Jungblut, terminou em 12º, a oito décimos de segundo da vaga olímpica.

As dez primeiras colocadas na prova garantiram a classificação para Olimpíadas do Japão. O Mundial é a única chance que uma nação tem para garantir dois atletas em Tóquio 2020. Se um país tiver assegurado uma das vagas em jogo na Coreia, ele não pode mais classificar uma segunda atleta na próxima seletiva olímpica (veja lista abaixo). Assim, Viviane está fora dos Jogos de Tóquio e o Brasil terá apenas Ana Marcela na disputa no feminino.

"Estou feliz por estar na Olimpíada. É gostoso ter um ano para se preparar para estar lá, pois meu sonho é uma medalha olímpica"

Competindo nas águas na baía do Yeosu Expo Ocean Park, na cidade de Yeosu, distante uma hora e meia de ônibus de Gwangju, Ana Marcela e Viviane Jungblut participaram de uma disputa intensa em uma prova que reuniu as maiores atletas das maratonas aquáticas da atualidade. Estavam na água, por exemplo, a campeã olímpica no Rio 2016, a holandesa Sharon van Rouwendall, e a medalha de prata nos Jogos do Brasil, a italiana Rachele Bruni, além da bicampeã mundial da prova, a francesa Aurelie Muller, ouro em Kazan 2015 e em Budapeste 2017.

A chegada foi uma das mais disputadas da história dos 10km. A campeã foi a chinesa Xin Xin, que assumiu a liderança nos últimos 200 metros e cruzou a linha de chegada com o tempo de 1h54min47, apenas um segundo à frente da norte-americana Haley Anderson (1h54min48), que por sua vez foi apenas um segundo e nove décimos mais rápida do que a terceira colocada, Rachele Bruni (1h45min49).

O segundo pelotão, do qual Ana Marcela fez parte, foi ainda mais embolado, com cinco atletas na casa dos 1h54min50 segundos e distantes umas das outras por diferenças de décimos de segundo.

Comparando com Kazan, para mim foi um resultado muito melhor. Apesar de em Kazan eu ter ficado em terceiro e ter me classificado para a Olimpíada (do Rio 2016), a gente tomou quase 20 segundos de diferença da Aurelie (Aurelie Muller) e da Sharon (Sharon van Rouwendall). Na verdade, acho que é a primeira vez que a prova feminina foi decidida tão junto. Do terceiro até o sexto, sétimo (na verdade até o oitavo lugar), foi muito apertado”, analisou Ana Marcela Cunha.

Apesar disso, a supercampeã baiana, dona de nove medalhas em mundiais – três de ouro, duas de prata e quatro de bronze –, confessou que sentiu um gostinho amargo por ter ficado fora do pódio. “Estou feliz por estar na Olimpíada. É gostoso ter um ano para se preparar para estar lá, pois meu sonho é uma medalha olímpica. Mas estou meio triste por não conseguir uma medalha, porque venho de três mundiais sempre disputando. Mas é isso. Temos agora que colocar a cabeça no lugar. Temos o 5km, o revezamento e os 25km e quero me preparar bem para as outras provas e fazer um bom mundial, como a gente tem feito”.

Indagada sobre qual foi o momento mais difícil da prova, Ana Marcela disse que os últimos metros fizeram a diferença para todos os envolvidos, inclusive para as atletas que conquistaram as medalhas. “Nos últimos trezentos metros eu estava em primeiro e segundo junto com a Aurelie, que terminou em 11º. A prova foi forte. A gente nadou para uma hora, cinquenta (minutos) e pouco. Normalmente, a gente nada para duas horas, duas horas e seis, nessa casa. Essa prova é seletiva olímpica, não tem jeito, todo mundo vai nadar 200% aqui”, ressaltou.

Para ela, o destino de Aurelie Muller, 11ª na prova deste domingo, comprova o altíssimo nível técnico da competição na Coreia. “Aqui, a campeã mundial do ano retrasado, em Budapeste 2017, que é a bicampeã mundial na verdade, porque ganhou em Kazan 2015 também, não se classificou para a Olimpíada. Maratona é isso. Você está bem hoje e amanhã pode não ter um bom resultado. Eu já fui 11ª também em 2012, sei como é isso, e tenho certeza de que ela vai vir com tudo para nadar a prova dos 5km”.

Fonte: COB



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